Pv 6: 6: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio”. Preguiça significa aversão ao trabalho, morosidade, negligência, indolência e influencia as três áreas da vida do ser humano. O que a bíblia diz sobre preguiça?
Prov. 6: 6: “Go to the ant, you lazybones; consider its ways, and be wise.” Laziness means aversion to work, sluggishness, negligence, indolence, idleness, and has of influence on the three areas of human life. What does the bible say about laziness?
Preguiça não pode ser confundida com descanso ou repouso, tampouco com paz e quietude interior. A bíblia mesmo diz no Sl 23: 2: “Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso”. Preguiça significa aversão ao trabalho, morosidade, negligência, indolência. Nós podemos dizer que ela faz parte do ‘pacote de viagem para o pecado e a morte’ planejado pela serpente no Éden e que, infelizmente, passou a ser incorporado pela carne humana, impedindo o progresso, o fluir do Espírito e, mais grave ainda, o desenvolvimento da nossa salvação.
Ela está presente na área espiritual, emocional e material e se relaciona com o processo de construir e destruir o que possuímos, com a prosperidade e a pobreza e com o exercício da autoridade e dos dons espirituais que nos foram dados por Deus. Com ela nos nossos ‘armários interiores’ a obra de Deus se retarda e corremos o risco de vermos destruído tudo o que nos empenhamos tanto para erguer. O trabalho de cura interior também não é possível quando há preguiça no coração de certas vidas.
A bíblia diz:
• Pv 14: 1: “A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derriba”.
• Pv 15: 19: “O caminho do preguiçoso é como que cercado de espinhos, mas a vereda dos retos é plana”.
• Pv 19: 24 (Pv 26: 15): “O preguiçoso mete a mão no prato e não quer ter o trabalho da a levar à boca”.
• Pv 20: 4: “O preguiçoso não lavra por causa do inverno, pelo que, na sega, procura e nada encontra”.
• Pv 21: 25: “O preguiçoso morre desejando, porque as suas mãos recusam trabalhar”.
• Pv 24: 30-34: “Passei pelo campo do preguiçoso, pela vinha do homem sem juízo; havia espinheiros por toda parte, o chão estava coberto de ervas daninhas e o muro de pedra estava em ruínas. Observei aquilo, e fiquei pensando; olhei, e aprendi esta lição: ‘Vou dormir um pouco’, você diz. ‘Vou cochilar um momento; vou cruzar os braços e descansar mais um pouco’, mas a pobreza lhe sobrevirá como uma assaltante, e a sua miséria como um homem armado” (NVI).
• Ec 10: 18: “Pela muita preguiça desaba o teto, e pela frouxidão das mãos goteja a casa”.
• Ec 11: 1-6: “Lança teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás. Reparte com sete e ainda com oito, porque não sabes que mal sobrevirá à terra. Estando as nuvens cheias, derramam aguaceiro sobre a terra; caindo o árvore para o sul e para o norte, no lugar em que cair, aí ficará. Quem somente observa o vento nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará. Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas. Semeia pela manhã a tua semente e à tarde não repouses a mão, porque não sabes qual prosperará; se esta, se aquela ou se ambas igualmente serão boas”.
• Ag 1: 6-11: “Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vesti-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Considerai o vosso passado. Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; dela me agradarei e serei glorificado, diz o Senhor. Esperastes o muito, e eis que veio a ser pouco, e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu com um assopro o dissipei. Por quê? — diz o Senhor dos Exércitos; por causa da minha casa, que permanece em ruínas, ao passo que cada um de vós corre por causa de sua própria casa. Por isso, os céus sobre vós retêm o seu orvalho (resposta de oração), e a terra, os seus frutos (bênçãos materiais). Fiz vir a seca sobre a terra e sobre os montes; sobre o cereal, sobre o vinho, sobre o azeite e sobre o que a terra produz, como também sobre os homens, sobre os animais e sobre todo trabalho das mãos”.
• Ag 2: 4-9: “Ora, pois, sê forte, Zorobabel, diz o Senhor, e sê forte, Josué, filho de Jazadaque, sumo sacerdote, e tu, todo o povo da terra, sê forte, diz o Senhor, e trabalhai, porque eu sou convosco, diz o Senhor dos Exércitos; segundo a palavra da aliança que fiz convosco, quando saístes do Egito, o meu Espírito habita no meio de vós; não temais. Pois assim diz o Senhor dos Exércitos; ainda uma vez, dentro em pouco, farei abalar o céu, a terra, o mar e a terra seca; farei abalar todas as nações, e as coisas preciosas de todas as nações virão, e encherei de glória esta casa, diz o Senhor dos Exércitos. Minha é a prata, meu é o ouro, diz o Senhor dos Exércitos. A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos; e, neste lugar, darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos”.
Como conclusão para este item, podemos dizer que a preguiça está ligada ao ato de construir e destruir:
1) Construir nosso próprio espírito a partir do molde correto da palavra de Deus (nossa ‘segunda casa’; a primeira era o nosso ‘velho homem’ que vivia em contato com o mundo).
2) Bons relacionamentos, casamentos e vida familiar sadia.
3) Uma habitação (moradia).
4) Um templo onde fazer a obra do Senhor.
5) Profissão – frutos do trabalho.
6) Ministério.
7) Vida financeira estável.
8) Boa saúde.
9) Auto-estima, autoconfiança, respeito das pessoas por nós e todas as características saudáveis da nossa personalidade e vida emocional.
Lendo todos os textos bíblicos acima, podemos dizer também que a preguiça está relacionada à bonança ou ao sofrimento, à semeadura em todas as áreas da nossa vida, a uma ação prática, à aversão ao trabalho, à falta de sabedoria para agir naquelas situações onde precisamos de vitória, como na área conjugal e familiar, por exemplo.
• Pv 3: 27: “Não te furtes a fazer o bem a quem de direito, estando na tua mão o poder de fazê-lo”.
• Pv 3: 28:“Não digas ao teu próximo: Vai e volta amanhã; então, to darei, se o tens agora contigo”.
• Pv 6: 6-11: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio. Não tendo ela chefe, nem oficial, nem comandante, no estio, prepara o seu pão, na sega, ajunta o seu mantimento. Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? Um pouco para dormir, um pouco para toscanejar (cochilar), um pouco para encruzar os braços em repouso, assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade, como um homem armado”.
• Pv 10: 4: “O que trabalha com mão remissa (desleixada, negligente, descuidada) empobrece, mas a mão dos diligentes (ativo, zeloso, aplicado, que se esforça) vem a enriquecer-se”.
• Pv 13: 4: “O preguiçoso deseja e nada tem, mas a alma dos diligentes se farta”.
• Pv 14: 23: “Em todo trabalho há proveito; meras palavras, porém, levam à penúria”.
• Pv 19: 15: “A preguiça faz cair em profundo sono, e o ocioso vem a padecer fome”.
• Pv 20: 13: “Não ames o sono (a inconsciência, a ignorância), para que não empobreças; abre os olhos e te fartarás do teu próprio pão”.
• Pv 28: 19: “O que lavra a sua terra virá a fartar-se de pão, mas o que se ajunta a vadios se fartará de pobreza”.
Como conclusão para este item, podemos dizer que a preguiça está ligada à nossa prosperidade ou à nossa pobreza, uma vez que elas dependem do nosso trabalho, empenho, dedicação e prontidão à semeadura. Em outras palavras: usarmos ou não o poder que temos nas mãos para abençoar outras vidas. A preguiça nos impede de ajudar nossos semelhantes, justamente quando temos plenas condições para isso, pois é uma amarra carnal e espiritual que precisa ser poderosamente quebrada. Sem a nossa doação ao outro, nós, como criaturas moldadas à imagem e à semelhança de Deus, perdemos a chance de nos desenvolvermos espiritualmente e somos roubados na nossa oportunidade de prosperar materialmente.
A semeadura, a entrega e a doação foram meios providenciados por Deus para aperfeiçoar nossa salvação e nos abençoar aqui na terra. Não adianta só falar, é necessária uma ação prática. Por exemplo, se você sabe que é preciso dar primeiro para receber (Lc 6: 38: “Dai e dar-se-vos á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”) e fica com preguiça de fazer aquela limpeza no seu armário, que já está esperando há anos por isso, você está pecando e alimentando o mal. Alguém pode estar precisando do que você está guardando lá dentro. Trocando em miúdos: a preguiça nos impede de fazer o bem (para nós mesmos e para os outros), portanto, nos induz ao pecado: Tg 4: 17: “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando”.
Como conseqüência, nós empobrecemos.
Podemos dizer também que a preguiça está ligada à inconsciência física (o sono natural) e espiritual (falta de entendimento), vadiagem e maus caminhos. Muitos não prosperam materialmente porque, ao invés de se aperfeiçoarem naquilo que fazem e irem à luta, preferem perder tempo com coisas e pessoas que não edificam. Jogam fora os preciosos anos da sua vida e, quando dão por fé, já perderam as chances grandiosas que Deus pôs nos seus caminhos.
Outros perdem a chance de se desenvolverem espiritualmente e conhecerem a profundidade do coração de Deus porque não têm força de vontade para separar alguns minutos do seu dia para orar e entrar em Sua presença. Isso diz respeito, igualmente, à prosperidade. A preguiça os impede de aprender, crescer, se santificar e ser instrumentos nas mãos de Deus.
• Pv 12: 24: “A mão diligente dominará, mas a remissa será sujeita a trabalhos forçados”.
• Pv 12: 27: “O preguiçoso não assará a sua caça, mas o bem precioso do homem é ser ele diligente (ativo, zeloso, aplicado, que se esforça)”.
Como conclusão para este item, podemos dizer que a preguiça está relacionada ao não exercício da autoridade e dos dons recebidos de Deus. Os dons espirituais, quando exercitados, geram frutos, e estes, mais tarde, definirão o chamado de Deus para um ministério. Ser diligente (ativo, zeloso, aplicado, que se esforça), na verdade, é um dom a ser desenvolvido pelo ser humano, pois dá origem à perseverança. A bíblia diz: “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Rm 5: 3-5). É no momento da tribulação, quando tudo parece contrário, que precisamos ser diligentes, ativos, zelosos, aplicados, esforçados.
Em segundo lugar, desde a Criação Deus delegou Sua autoridade ao homem:
• Gn 1: 26: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele o domínio (autoridade) sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra”.
Jesus veio e nos lembrou:
• Lc 10: 19: “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e nada, em absoluto, vos causará dano”.
Paulo não apenas nos relembrou disso (Rm 5: 3-5) como nos fez entender que a autoridade espiritual dada por Deus é ‘conquistada na guerra’, por isso a preguiça nos rouba dela. Quem fica sentado, sem lutar pelas suas bênçãos, achando que elas vão cair do céu porque demônios ficaram bonzinhos e o deixou recebê-las está muito enganado. Para se conseguir nossas bênçãos materiais é preciso quebrar as barreiras espirituais primeiro, muitas vezes presentes na forma de conhecimentos errados que nos fazem desconhecer a verdade e o poder da palavra de Deus, que é geradora dos milagres que precisamos:
• Os 4: 6: “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu o rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos”.
• 2 Co 10: 3-6: “Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo, e estando prontos para punir toda desobediência, uma vez completa a vossa submissão”.
• Ef 6: 10-12: “Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra a ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”.
Por isso, está escrito acima:
• Pv 12: 24: “A mão diligente dominará, mas a remissa será sujeita a trabalhos forçados”. Isso quer dizer que quem se esforça, passa a exercer a autoridade, mas quem se deixa levar pela preguiça, resistindo ao treinamento de Deus, jamais poderá exercê-la. Pelo contrário, ficará sujeito ao jugo do inimigo.
Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti
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