Aprendizados com a história de vida do personagem bíblico Paulo ou Saulo de Tarso; sua conversão na estrada para Damasco e sua comissão para pregar para os gentios. Leia sobre suas três viagens missionárias e a viagem para a Roma.

Lessons from the life story of the biblical character Paul or Saul of Tarsus; his conversion on the road to Damascus and his commission to preach to the Gentiles. Read about his three missionary journeys and the journey to Rome.


Personagens bíblicos– Paulo de Tarso




Textos de referência: At 8: 1-3; At 9: 1-30; At 12: 20-25; At 13–28; todas as epístolas de Paulo.

Resumo:

Saulo (Shã’ül, Saul, o nome judaico do apóstolo, mas que, em português, toma a forma de Saulo, significa: pedido de Deus, desejado de Deus) tem o nome greco-romano de Paulo (pequeno; At 13: 9). Era da tribo de Benjamim (Rm 11: 1; Fp 3: 5) e zeloso membro do partido dos fariseus (At 23: 6; At 26: 5; Fp 3: 5). Nasceu em Tarso, na Cilícia, como cidadão romano (At 16: 37; At 21: 39; At 22: 25). Tarso era um centro de cultura onde Paulo se familiarizou com as diversas filosofias gregas e cultos religiosos durante sua juventude. Foi educado em Jerusalém aos pés do rabino Gamaliel (At 22: 3; At 26: 4-5). Quando ainda jovem (At 7: 58), Paulo recebeu autoridade oficial para dirigir a perseguição contra os cristãos (Gl 1: 13; At 22: 5; 1 Co 15: 9) e autoridade na sinagoga ou concílio do Sinédrio, conforme ele mesmo escreve: “Na verdade, a mim me parecia que muitas coisas devia eu praticar contra o nome de Jesus, o Nazareno; e assim procedi em Jerusalém. Havendo eu recebido autorização dos principais sacerdotes, encerrei muitos dos santos [ele se referia aos cristãos] nas prisões; e contra estes dava o meu voto, quando os matavam” (At 26: 9-10). Outras referências a isso estão em At 8: 3; At 9: 13-14; At 26: 11; At 8: 1 (em relação a Estêvão). Segundo informações extra-bíblicas, Paulo nasceu por volta de 5 DC (livros apócrifos).

Em At 9: 1-18; At 22: 4-21; At 26: 9-18 a bíblia fala da conversão de Paulo. Ele vinha com ordens das autoridades de Jerusalém para abafar as manifestações dos cristãos em Damasco quando, no meio da estrada viu uma luz muito forte e Jesus lhe falou e o chamou para ser Seu discípulo. Os demais que estavam com ele viram a luz, mas não reconheceram o significado da voz (At 22: 9; em outro trecho, a bíblia fala que ouviram a voz e viram a luz, porém, não viram ninguém nem entenderam o que aquilo significava e ficaram aterrados – At 9: 7). Como resultado do encontro, Paulo ficou cego por três dias e foi levado para a casa de Judas, na cidade de Damasco. Após três dias, Deus enviou seu servo Ananias que, impondo as mãos sobre os olhos de Paulo, lhe restituiu a visão. Paulo foi batizado, se fortaleceu e passou a pregar sobre Jesus na Arábia e em Damasco nos três anos seguintes à sua conversão (Gl 1: 17-18; At 9: 19-20). Por causa dos judeus que queriam matá-lo, foi amarrado a uma corda e, descido num grande cesto pelo muro da cidade (2 Co 11: 32-33), fugiu para Jerusalém onde Barnabé, um dos discípulos, o apresentou aos apóstolos. Depois de alguns dias com os irmãos (Gl 1: 18-24; At 9: 20-30), levaram-no para Cesaréia, de onde embarcou de volta para Tarso. Paulo ficou por dez anos em Tarso, um período de silêncio no seu ministério, talvez sendo instruído pelo próprio Deus a respeito do evangelho. Barnabé, então, solicitou que viesse para Antioquia para ajudá-lo numa missão entre os gentios (At 11: 20-26) e, um ano após, voltou para Jerusalém (46 DC – At 11: 29-30), o que coloca a sua conversão e o início do seu ministério por volta de 35 DC, de acordo com a data histórica (livros apócrifos) da morte de Estêvão – entre 33-36 DC, com mais freqüência colocada em 34 DC.

Vamos analisar um pouco o que foi escrito acima: “passou a pregar sobre Jesus na Arábia e em Damasco nos três anos seguintes à sua conversão” (Gl 1: 17).

A Arábia à qual a bíblia se refere aqui não é o que conhecemos hoje por Arábia Saudita, na Península Arábica. Nos tempos de Paulo, Arabia Petraea (em Latim) ou Arábia Petréia, Província Arábia (Provincia Arabia) ou simplesmente Arábia era uma faixa de terra que incluía o reino Nabateu na Jordânia, a Península do Sinai e o Noroeste da Península Arábica. Mais tarde foi incorporada pelo Império Romano no início do século II em 106 DC, no governo de Trajano. Sua capital era Petra. Sua fronteira norte era a Síria; Egito e Judéia, a oeste, e que mais tarde em 135 foi fundida à Síria para formar a Síria Palestina pelo imperador Adriano. Ao sul e a leste, se limitava com a chamada ‘Arábia Deserta’ (ou Arabia Magna, uma região ocupada pelo deserto interior da Península Arábica) e pela ‘Arábia Feliz’ (em latim: Arabia Felix ou Fertile Arábia), denominação dada à parte sul da Península Arábica, correspondente aos atuais Estados do Iêmem e Omã. A região era ocupada por tribos sedentárias de economia agrícola e mercantil nas regiões litorâneas da Península. Atualmente, a Península Arábica é ocupada por sete países: Arábia Saudita, Bahrein (um arquipélago), Iêmen, Kuwait, Omã, Catar e Emirados Árabes Unidos (também composto por sete Emirados: Abu Dhabi, Dubai, Xarja, Ajmã, Umm al-Quwain, Ras al-Khaimah e Fujeira. A capital e a segunda maior cidade dos Emirados Árabes Unidos é Abu Dhabi). Parte do Iraque e da Jordânia fazem parte da península.


Arábia nos tempos de Paulo
Arábia nos tempos de Paulo (fonte: wikipedia.org)

Península Arábica nos tempos atuais
Península Arábica nos tempos atuais (fonte: wikitravel.org)


A primeira viagem missionária de Paulo (At 13–14; 46–48 DC) começou em Chipre, levando-o para as cidades de Salamina (onde o procônsul Sérgio Paulo foi convertido), Pafos; depois para o sul da Galácia, Antioquia da Psídia, Icônio, Listra (onde curou um paralítico e onde foi apedrejado*), Derbe e Perge da Panfília.


Paulo cura o coxo em Listra


(*) Quanto ao fato relatado em At 14: 19-20: “Sobrevieram, porém, judeus de Antioquia e Icônio e, instigando as multidões e apedrejando a Paulo, arrastaram-no para fora da cidade, dando-o por morto. Rodeando-o, porém, os discípulos, levantou-se e entrou na cidade. No dia seguinte, partiu, com Barnabé, para Derbe”, fica um pouco difícil afirmar categoricamente que Paulo morreu e foi ressuscitado, pois nem ele mesmo sabe, como escreve em 2 Co 12: 1-4: “Se é necessário que me glorie, ainda que não me convém, passarei às visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo [ele estava falando dele mesmo] que, há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) e sei que o tal homem (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir”. O que podemos dizer, com certeza, que houve uma poderosa restauração física de Deus no corpo do apóstolo, um milagre, pois dificilmente uma pessoa sobrevivia a um apedrejamento; era uma sentença prevista na lei para punição de certos crimes, como heresia e adultério.

Os judeus tinham uma linguagem própria ao falar do céu: o 1º céu se refere ao que nós vemos, onde voam os pássaros, ou seja, a atmosfera da Terra. O 2º céu dizia respeito ao espaço sideral, com o sol, a lua e as estrelas; e o 3º céu se refere ao céu espiritual, ao Paraíso, onde está o trono do Senhor, e para onde muitos profetas foram arrebatados ou tiveram uma experiência de êxtase e receberam visões e revelações do próprio Deus.

Paulo voltou a Jerusalém, quatorze anos depois de ter conhecido Pedro pela primeira vez (Gl 2: 1), para a Conferência de Jerusalém (50–51 DC), antes da sua segunda viagem.

Havia um grande fator de dissensão entre o ministério de Paulo e o de Pedro; entre os crentes, se levantava a discussão no meio dos judeus cristãos que insistiam que os gentios fossem circuncidados. Paulo se opôs e repreendeu a Pedro publicamente (Gl 2: 11-21, com ênfase no v. 14). Tiago tomou uma posição em relação aos gentios (At 15: 19-22) que foi acatada pelo concílio de Jerusalém e enviada a Antioquia uma carta onde as únicas recomendações para os gentios é que se abstivessem de comida contaminada pelos ídolos [ou seja, consagrada a eles], da imoralidade sexual, da carne de animais estrangulados e do sangue.

Na segunda viagem missionária (50–53 DC), Paulo teve Silas por companheiro (At 15: 40 até At 18: 22), no lugar de Barnabé. Este ficou como companheiro de João Marcos, que havia se desentendido com Paulo na viagem anterior. De Antioquia, viajaram para o sul da Galácia e daí para Listra onde encontrou Timóteo, filho de uma judia e de pai grego e que passou a ser seu discípulo. Para evitar discussões na sinagoga, Paulo o circuncidou (At 16: 3). Eles foram, então, para o Norte da Galácia, daí para Trôade e para a Grécia (Macedônia), estabelecendo missões em Filipos, onde Lídia se converteu e foi batizada (At 16: 14-15) e uma jovem adivinhadora foi liberta (At 16: 16-18), sendo que este último episódio levou Paulo e Silas para a prisão. Mas Deus usou também este fato para converter mais algumas vidas, entre elas o carcereiro e sua família (At 16: 19-34). Depois de saírem dali se encaminharam para Tessalônica, Beréia e para a Acaia, no sul da Grécia. Ali visitaram as cidades de Atenas e Corinto. Nesta cidade, Paulo ficou quase dois anos, fundando ali uma comunidade cristã. Em Corinto conheceu Priscila e Áquila e os instruiu, deixando-os ali em seu lugar quando partiu para Éfeso. Em Éfeso ficou por pouco tempo, voltando para Antioquia, passando por Jerusalém.

Logo depois, já iniciou sua terceira viagem (53–57 DC) seguindo para Éfeso e teve o ensejo de evangelizar toda a Ásia. Em Éfeso, enfrentou conflitos com os seguidores de Diana. Permaneceu na Ásia por três anos (54–57 DC – At 20: 31), voltando para Trôade, na Macedônia. Na Macedônia, Paulo escreveu sua segunda epístola aos Coríntios. De Trôade foi para Corinto, onde escreveu a carta aos romanos e daí para Mileto e Jerusalém.

Tinha voltado para Jerusalém com o intuito de passar lá o Pentecostes, mas enfrentou uma acusação de haver violado o templo (At 21: 20-29, não cumprindo os rituais de purificação e, talvez, por andar com os gentios como Trófimo que, provavelmente, foi visto com Paulo lá dentro). Os judeus incitaram a multidão à desordem. Paulo foi preso (por volta de 57 ou 58 DC), mas permitido de falar à multidão e ao Sinédrio. Não entendido nem apoiado ali, pelo contrário, ameaçado de morte, foi removido para Cesaréia, onde encontrou Marco Antônio Félix, o governador romano (Félix governou de 52 a 60 DC), e ficou preso por dois anos (58–60 DC – At 23: 26-35; At 24–25). O sucessor de Félix foi Pórcio Festo (60–62 DC; governou a província romana da Judéia na condição de procurador), e indicou que poderia entregar Paulo aos judeus para ser julgado por eles (At 25: 9). Como já conhecia o seu povo, na qualidade de cidadão romano Paulo apelou para César (At 25: 11). Antes de ser levado a Roma, ainda em Israel (na cidade de Cesaréia), com Festo e sua esposa Drusila (At 24: 24), Paulo esteve na presença do governador e seus hóspedes: o rei Herodes Agripa II e sua irmã Berenice II (At 25: 13; 23; At 26: 30). Por pouco, diz Agripa, ele não se tornou cristão, depois de ter ouvido o discurso de Paulo. Se ele não tivesse apelado para César, poderia ser solto, pois não viram nele nada que pudesse incriminá-lo. Entretanto, estava se cumprindo a palavra que o Senhor lhe dera numa visão de que era necessário que comparecesse diante de César. Assim, Paulo foi enviado a Roma sob escolta. Drusila era irmã de Berenice e Herodes Agripa II (ou, simplesmente, Agripa), os três filhos de Herodes Agripa I, o sobrinho e sucessor de Herodes Antipas.

A viagem marítima foi tempestuosa, terminando num naufrágio, obrigando-o a passar o inverno na ilha de Malta (At 28: 11). Isso ocorreu por volta de 60–61 DC. Chegou a Roma na primavera e passou os próximos dois anos (61–63 DC) sob escolta em sua própria casa alugada (pois chegou como prisioneiro herói), onde ensinava sobre Jesus sem impedimento algum (At 28: 16; 30-31). Paulo foi morto pelos romanos no governo de Nero (63 ou 64 DC), decapitado.

Em 2 Co 11: 22-27, o apóstolo fala dos seus sofrimentos: cinco vezes açoitado, três vezes fustigado com varas, uma vez apedrejado, três vezes enfrentou naufrágio, uma noite e um dia na voragem (turbilhão ou qualquer abismo) do mar; muitas vezes, em jornada, perigos de rios, perigos de salteadores, perigos nas mãos dos judeus, perigos entre gentios, perigos na cidade e no deserto, perigos no mar e entre falsos irmãos; em trabalhos e fadigas, em vigílias; em frio e nudez; além disso, a preocupação com as igrejas que tinha fundado e que não se comportaram como ele esperava.

Podemos ver que alguns pontos são relevantes no ensino de Paulo:
• Ele defendia a sua convicção em Cristo e a vida pela graça (a salvação pela fé), ao invés das obras e dos rituais da Lei (Gl 2: 16; Gl 6: 12-15; Ef 2: 8-9; At 13: 38-39), o que dava o direito a uma nova vida (Rm 6: 3-4; 14), fazendo do crente uma nova criatura. Pregava sobre Jesus e a ressurreição, basicamente (At 9: 20; At 13: 30; At 17: 31; At 23: 6; At 26: 8).
• Era contra a idolatria, mostrando que a verdade estava em Cristo: Cl 2: 8; 14-15; At 17: 16; At 17: 18; 24-31.
• Reforçou a lei do amor pregada por Jesus: Rm 13: 8-10, até exortando os crentes a dilatarem sua maneira de amar, pois esta estava limitada neles (2 Co 6: 11-13).
• Deu o exemplo de ter a capacidade de entrega e a ousadia de passar por cima de qualquer coisa para levar o evangelho: 1 Co 9: 19-23.

Colaboradores de Paulo

Ágabo: At 21: 10; At 11: 28
Acaio: 1 Co 16: 17
Áfia: Fm 2
Alexandre: At 19: 33; 1 Tm 1: 20 (naufragou na fé)
Alexandre (o latoeiro, ou ferreiro): 2 Tm 4: 14
Amplíato: Rm 16: 8
Andrônico e Júnias: Rm 16: 7
Apeles: Rm 16: 10
Apolo: At 18: 24-28; 1 Co 3: 4-5; 1 Co 16: 12; Tt 3: 13
Áquila e Priscila: At 18: 2; At 18: 18; Rm 16: 3; 1 Co 16: 19; 2 Tm 4: 19
Aristarco: At 19: 29; At 20: 4; Cl 4: 10; Fm 24
Aristóbulo: Rm 16: 10
Arquipo: Cl 4: 17; Fm 2
Ártemas: Tt 3: 12
Asíncrito: Rm 16: 14
Barnabé: At 9: 27; At 11: 25; 1 Co 9: 6; Gl 2: 1
Carpo: 2 Tm 4: 13
César: Fp 4: 22
Cláudia: 2 Tm 4: 21
Clemente: Fp 4: 3
Cloe: 1 Co 1: 11
Crescente: 2 Tm 4: 10 (abandonou Paulo)
Crispo: At 18: 8; 1 Co 1: 14
Dâmaris: At 17: 34
Demas: Cl 4: 14; 2 Tm 4: 10 (naufragou na fé e abandonou Paulo); Fm 24
Dionísio: At 17: 34
Epafras: Cl 1: 7; Cl 4: 12; Fm 23
Epafrodito: Fp 2: 25; Fp 4: 18
Epêneto: Rm 16: 5
Erasto: At 19: 22; Rm 16: 23; 2 Tm 4: 20
Estáquis: Rm 16: 9
Estéfanas: 1 Co 16: 15-17
Êubulo: 2 Tm 4: 21
Eunice: 2 Tm 1: 5
Êutico: At 20: 7-12
Evódia e Síntique: Fp 4: 2-3
Febe: Rm 16: 1
Fígelo: 2 Tm 1: 15 (abandonou Paulo)
Filemom: Fm 1
Fileto: 2 Tm 2: 17 (naufragou na fé)
Filipe: At 21: 8-9
Filólogo: Rm 16: 15
Flegonte: Rm 16: 14
Fortunato: 1 Co 16: 17
Gaio: At 19: 29; At 20: 4; Rm 16: 23; 1 Co 1: 14; 3 Jo 1
Hermas: Rm 16: 14
Hermes: Rm 16: 14
Hermógenes: 2 Tm 1: 15 (abandonou Paulo)
Herodião: Rm 16: 11
Himeneu: 1 Tm 1: 20 (naufragou na fé); 2 Tm 2: 17
Jasom: Rm 16: 21
Jesus (Justo): Cl 4: 11
João Marcos: At 12: 25; At 13: 13; At 15: 37-40; Cl 4: 10; 2 Tm 4: 11; Fm 24; 1 Pe 5: 13
Júlia: Rm 16: 15
Lídia: At 16: 11-15; 40
Lino: 2 Tm 4: 21
Lóide: 2 Tm 1: 5
Lucas: Cl 4: 14; 2 Tm 4: 11; Fm 24
Lúcio: Rm 16: 21
Maria: Rm 16: 6
Mnassom: At 21: 16
Narciso: Rm 16: 11
Nereu e sua irmã: Rm 16: 15
Ninfa: Cl 4: 15
Olimpas: Rm 16: 15
Onésimo: Cl 4: 9; Fm 10
Onesíforo: 2 Tm 1: 16; 2 Tm 4: 19
Pátrobas: Rm 16: 14
Pérside: Rm 16: 12
Prudente: 2 Tm 4: 21
Quarto: Rm 16: 23
Rufo e sua mãe: Rm 16: 13 (filho e esposa, respectivamente, de Simão, o Cirineu, que carregou a cruz de Jesus no caminho para o Calvário: Mc 15: 21)
Secundo: At 20: 4
Silas: At 15: 40; At 16: 19-40; At 17: 4 e 10-15; At 18: 5
Silvano: 1 Ts 1: 1; 2 Ts 1: 1; 1 Pe 5: 12 (Silvano pode ser a variante grega de Silas)
Sópatro (filho de Pirro): At 20: 4
Sosípatro: Rm 16: 21
Sóstenes (provavelmente quem escreveu a epístola de 1 Coríntios para Paulo): 1 Co 1: 1
Tércio (escreveu a epístola de Romanos para Paulo): Rm 16: 22
Tício Justo: At 18: 7
Timóteo: At 16: 1-5; At 18: 5; At 20: 4; Rm 16: 21; 1 Co 4: 17; 1 Co 16: 10; 2 Co 1: 1; Fp 1: 1; Fp 2: 19; Cl 1: 1; 1 Ts 1: 1; 1 Ts 3: 2; 1 Ts 6: 2; 2 Ts 1: 1; 1 Tm 1: 2; 2 Tm 1: 2; Fm 1; Hb 13: 23
Tíquico: At 20: 4; Ef 6: 21; Cl 4: 7; 2 Tm 4: 12; Tt 3: 12
Tito: 2 Co 2: 13; 2 Co 6: 6; 13-14; 2 Co 8: 16-24; Gl 2: 3; 2 Tm 4: 10; Tt 1: 4
Trífena e Trífosa: Rm 16: 12
Trófimo: At 20: 4; At 21: 29; 2 Tm 4: 20
Urbano: Rm 16: 9
Zenas: Tt 3: 13 (intérprete da Lei)

Em torno de 92 colaboradores, dos quais 7 naufragaram na fé ou o abandonaram.

Aprendizados importantes com Paulo

1) Entrega e coragem para suportar qualquer obstáculo pela obra de Deus: foi ele mesmo que descreveu nas suas epístolas todos os perigos que passou (2 Co 11: 22-27) e o que se dispôs a fazer (1 Co 9: 19-23) para levar à frente a missão que o Senhor havia lhe dado. Teve intrepidez e ousadia para entrar em lugares que outros ainda não tinham entrado para levar a verdade da Palavra, depondo todo falso conhecimento que se opunha a Cristo (podemos ver Paulo entre os gentios enfrentando esse tipo de situação); por exemplo, em Éfeso, no caso dos devotos de Diana (nome latino de Ártemis ou Artemísia, em Grego), deusa da lua e da caça, e em muitos outros lugares da Ásia onde a idolatria imperava. Mais do que isso, teve coragem para suportar a rejeição dos seus próprios compatriotas que o criticaram pela inovação que estava trazendo. Teve coragem, pois tinha certeza do seu chamado e da força do amor de Deus por ele. Assim também acontece conosco, quando o Senhor nos dá um chamado para a Sua obra; devemos estar prontos para enfrentar todo e qualquer tipo de dificuldade e oposição.

2) Fidelidade e perseverança para conquistar a vitória: em 2 Tm 4: 6-8, Paulo fala que combateu o bom combate da fé e que tinha certeza da coroa que estava reservada para ele pela sua luta e pela sua vitória. Também fala, em 2 Tm 4: 17, que sua força veio do próprio Deus para cumprir seu ministério e que foi Ele que o livrou várias vezes até a missão estar completa. A fidelidade ao Senhor é importante para não cedermos às tentações e seduções do inimigo, e a perseverança nos levará a conquistar a vitória.

3) Revelação poderosa de Deus: uma vez Paulo fala sobre si mesmo, quando descreve seu apedrejamento e a revelação poderosa que recebeu de Deus (2 Co 12: 1-6), mas que não podia ainda ser passada aos homens, pois ainda não estavam preparados para recebê-la. Muitas vezes, relatou as visões e os aprendizados que teve do próprio Jesus orientando-o para onde ir e lhe dando estratégias para levar o evangelho aos gentios. Todo aquele que tem um chamado do Senhor para uma missão precisa ter alguma revelação importante que seja, por assim dizer, um marco a partir do qual uma nova estrutura vai ser erguida. Essa revelação é única e particular, não vem para outros, só para quem Deus separou para tê-la.

4) Edificou onde não havia sido ainda edificado (Rm 15: 20-21): Paulo não edificou seu ministério sobre o que Pedro e os demais apóstolos fizeram, isto é, entre os judeus, porém, entre os gentios para que algo novo pudesse surgir onde havia necessidade de luz. Dessa forma, buscou o novo, seguindo a direção do Espírito Santo nele, “não consultando carne e sangue”; não copiou o que já havia, mas deixou que Deus o usasse num novo avivamento criando coisas inovadoras e que, graças à sua intrepidez e fidelidade a Jesus, trouxe um grande benefício posterior para a humanidade. Ele “viu longe” e de maneira diferente dos outros, por isso teve sucesso no que fez. Deus está constantemente criando e usando Seus filhos de maneira diferente uns dos outros para poder abranger todas as necessidades existentes nos corações daqueles que ainda não O conhecem.

5) Não temeu a responsabilidade nem teve medo de usar os dons espirituais que Deus tinha colocado nele, nem recusou usar a autoridade que lhe fora dada do céu: Paulo foi uma testemunha viva da palavra dada por Jesus em Jo 14: 12 aos Seus discípulos, quando disse que quem nEle cresse faria obras iguais e maiores do que as que Ele tinha feito. O ministério de Paulo foi geograficamente maior do que o de Jesus e pode ser comparado ao dEle em milagres realizados, o que, com certeza, impactou aquela geração. Paulo testemunhou do Senhor, realizou curas e milagres (At 19: 11-12; até mostrou-os em si mesmo: por exemplo, nada aconteceu a ele quando foi picado por uma cobra na ilha de Malta), ressuscitou mortos (caso de Êutico), expulsou demônios, converteu muitos a Jesus e derrubou uma tradição de séculos ao mostrar a simplicidade do evangelho de Cristo, destronando as obras mortas geradas pela religiosidade. É o que Jesus espera da Sua Igreja.

6) Foi transformado de um “zeloso religioso” em um “zeloso real” da obra: o amor e a misericórdia de Deus aliados à Sua escolha soberana fizeram de Paulo um homem zeloso das coisas do Senhor, mas completamente livre do jugo que anteriormente pesava sobre ele; seu caráter foi transformado e o peso do tradicionalismo, das regras, das leis, das acusações e do perfeccionismo pessoal, gerados pelos seus pecados do passado, foi transformado por Jesus em uma força dinâmica, viva, amorosa e determinada a mudar as estruturas e avivar o coração dos filhos de Deus daquela geração, visando a lançar uma semente poderosa para todos os crentes da geração vindoura. Que nossos corações possam ser profundamente transformados e nossas sementes sejam deixadas para nossa descendência.


AS VIAGENS MISSIONÁRIAS DE PAULO

Primeira viagem missionária de Paulo

Segunda viagem missionária de Paulo

Terceira viagem missionária de Paulo

Término da terceira viagem missionária de Paulo

Viagem de Paulo a Roma

Vídeo de ensino

Esse vídeo está em compartilhamento com meu Google Drive. Se estiver assistindo pelo celular, abra com o navegador, em modo paisagem e com tela cheia. Ele é parte do curso bíblico (ver link em dourado no alto das páginas).

Paulo de Tarso

Este texto se encontra no livro:


livro evangélico: Curso para ensino bíblico – nível 1

Curso para Ensino Bíblico – nível 1 (PDF)

Biblical Teaching Course – first level (PDF)


Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti

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