Aprendizados com a história de vida do personagem bíblico Gideão, o juiz de Israel. Com apenas 300 homens ele libertou Israel da opressão dos midianitas. Mesmo pequeno e fraco, Deus o transformou num guerreiro valoroso.
Lessons from the life story of the biblical character Gideon, the judge of Israel. With just 300 men he freed Israel from the oppression of the Midianites. Even though he was small and weak, God transformed him into a valiant warrior.
Textos de referência: Jz 6–8
Resumo:
Débora julgou Israel por quarenta anos e, como sempre, o povo voltou a pecar depois que ela deixou de liderá-los. Por isso, o Senhor entregou os filhos de Israel nas mãos dos midianitas por sete anos. Os midianitas eram descendentes de Midiã (‘contenda’), filho de Abraão e Quetura (Gn 25: 2), e viviam como seminômades, habitando no deserto, nas fronteiras da Transjordânia com Moabe e Edom. Montavam os camelos dos amalequitas, que eram nômades encontrados no Neguebe e no Sinai. Por causa dos midianitas, os filhos de Israel abriam covas nos montes, se escondiam em cavernas ou construíam fortificações para preservar um pouco da colheita pelo menos, pois cada vez que semeavam os midianitas e os amalequitas vinham e destruíam tudo, não só a plantação, mas também o rebanho e o gado. Assim, os israelitas ficavam sem seu sustento. Eles clamaram ao Senhor.
“Então, veio o Anjo do SENHOR, e assentou-se debaixo do carvalho que está em Ofra, que pertencia a Joás, abiezrita; e Gideão, seu filho, estava malhando trigo no lagar, para o pôr a salvo dos midianitas” (Jz 6: 11). Abiezer era sobrinho de Gileade, filho de Maquir, filho de Manassés, filho de José, filho de Jacó (1 Cr 7: 14-18). Portanto, era um clã de Manassés e era o clã de Gideão, segundo ele o mais pobre. Sua sede era em Ofra, a oeste do Jordão, onde se estabeleceu a segunda metade da tribo de Manassés. A primeira metade dessa tribo tinha ficado dalém do Jordão, junto com Rúben e Gade, quando os israelitas chegaram a Canaã. Manassés ocupou a região de Basã, Rúben a Transjordânia e Gade, a região de Gileade.
Gideão (Gidhe‘ôn) significa: ‘lenhador, batedor’ (de trigo). O Anjo o chamou de homem valente e disse que o Senhor era com ele e que o chamava para livrar Israel dos midianitas. Gideão abriu seu coração e se queixou de sua condição, da pobreza de sua família e do abandono de Deus. Mas o Anjo fortaleceu sua fé na vitória. Como um sinal da veracidade do chamado, o Anjo consumiu com fogo o cabrito e os pães asmos que Gideão trouxera para Ele como oferta. Gideão temeu o Senhor, pois o reconheceu no Anjo, e ouviu Sua voz lhe falando de paz. Edificou ali um altar e o chamou de “O Senhor é paz” (YHWH Shalom).
Naquela mesma noite, Deus lhe pediu que destruísse o altar de Baal que era de seu pai, Joás, e derrubasse o poste-ídolo que estava junto a ele. Ali ele deveria erguer outro altar, agora ao Senhor, e oferecer um boi como holocausto. A família de Gideão misturava a adoração a Deus com a adoração a deuses falsos. Ele sabia que tinha fracassado espiritualmente, por isso não queria aceitar a liderança que YHWH estava lhe dando; entretanto, justamente por ter consciência da sua incapacidade é que o Senhor o estava usando. Deus via sua insegurança, mas também um líder corajoso. Então, Gideão, juntamente com dez dos seus servos, obedeceu às ordens, executando-o à noite com medo dos cidadãos do lugar.
Quando descobriram o fato, foram a Joás tomar satisfação e ele lhes disse que se Baal fosse deus que ele mesmo se defendesse. Por isso, Gideão foi chamado de Jerubaal (yerubba‘al = Baal luta, Baal funda, que Baal dê o aumento, que Baal contenda, Jz 6: 32). Em 2 Sm 11: 21 o nome é substituído por Jerubesete (yerubbesheth), eliminando o abominável nome de Baal, e sendo incluída a palavra que significa “vergonha” (besete, hebr. besheth). Jerubesete significa: que a vergonha contenda.
Como os midianitas e amalequitas se puseram contra ele, Gideão convocou também toda a cidade e toda a tribo de Manassés, assim como a de Aser, Zebulom e Naftali para que se encontrasse com ele. Gideão pediu novamente um sinal a Deus que confirmasse Sua escolha a respeito dele como libertador de Israel e por duas vezes o Senhor lhe respondeu (prova com a lã). Trinta e dois mil homens estavam com ele, mas para que não se gloriassem em sua força, o Senhor lhe disse para mandar de volta para casa os medrosos e tímidos. Assim, voltaram vinte e dois mil, ficando apenas dez mil com Gideão. Para Deus ainda era povo demais e fez os homens descerem às águas da fonte de Harode. Apenas os que lamberam a água levando a mão à boca foram escolhidos; os que se ajoelharam foram dispensados. Ficaram então trezentos homens. No vale abaixo deles estavam os midianitas. Antes de descer contra eles por ordem de Deus, desceu Gideão com seu escudeiro para inspecionar o arraial do inimigo. Ouviu um deles contando a outro soldado o sonho que tivera e que era, na verdade, a confirmação que Gideão precisava para entender que o Senhor já estava lhe dando vitória. Gideão e os trezentos homens desceram contra eles com trombetas na mão direita e com cântaros com tochas acesas na esquerda. Era noite. Ao quebrar os cântaros e soar as trombetas os inimigos se assustaram e, por maneira milagrosa de Deus, mataram-se uns aos outros. Os restantes que fugiram foram perseguidos pelos homens de Naftali, Aser e Manassés que foram convocados. Quando Gideão convocou os homens de Efraim eles desceram contra os midianitas e mataram dois príncipes deles, mas reclamaram com Gideão pelo fato de não terem sido chamados antes quando o acampamento deles foi atacado. Efraim tinha um grande poder militar e se sentiu desprezado por Gideão. Com diplomacia, ele os acalmou. Passou o Jordão com os trezentos homens e pediu alimento aos cidadãos de Sucote; entretanto, eles lho negaram. Os homens de Penuel (Peniel) fizeram o mesmo que os de Sucote. Todos os que restaram dos midianitas eram quinze mil soldados liderados por Zeba e Salmuna (Zalmuna). Os outros cento e vinte mil já tinham morrido. Gideão foi contra eles e os destruiu, sendo que os dois príncipes fugiram. Gideão os alcançou e os prendeu. Mostrou-os aos cidadãos de Sucote que lhe tinham negado ajuda e puniu com a morte os setenta e sete anciãos responsáveis, usando chicotes feitos de espinhos do deserto e abrolhos. Derrubou a torre de Penuel e matou os homens da cidade, pois também lhe tinham negado auxílio com alimento para seu exército. Executou Zeba e Zalmuna por terem matado seus irmãos (sua família de origem) em Tabor, entretanto, tomou para si os ornamentos em forma de meia-lua que estavam no pescoço dos seus camelos.
Antes de seguir com os texto eu gostaria de colocar uma coisa que achei interessante, sobre a localização de Ofra, a cidade de Gideão, e das cidades de Penuel (Peniel) e Sucote. Elas existem ainda?
‘Ofra dos Abiezritas’ era uma cidade de Manassés, 10 km a sudoeste de Siquém, tradicionalmente identificada com Nablus desde 1913 (chamada de Flavia Neapolis, no tempo de Flávio Josefo), entre o Monte Gerizim e o Monte Ebal, e que hoje é um sítio arqueológico localizado perto de Tell Balata, no subúrbio de Balata al-Balad, na Cisjordânia. Ofra foi assim chamada até o século XIV, quando passou para o domínio árabe e adotou o nome Far’ata na Cisjordânia. Ophrah é um nome na Bíblia Hebraica que significa ‘um cervo’, ‘um fulvo’, ou seja, um jovem cervo em seu primeiro ano.
Quanto a Sucote e Penuel (Peniel, ou Pniel, Pnuel; Hebr.: פְּנוּאֵל Pənūʾēl (Strong #6439), que a bíblia sugere ser ao sul do rio Jaboque – Gn 32: 22; 24; 30-31), que Gideão puniu por lhe negar auxílio, presume-se que sejam hoje os locais arqueológicos na Jordânia, perto do rio Zarqa, chamado na bíblia de Jaboque, onde Jacó lutou com o Anjo. Até 1970, os historiadores identificaram Penuel (Peniel) com picos gêmeos de Tulul adh-Dhahab na Jordânia. Mas o arqueólogo israelense contemporâneo Israel Finkelstein considera os dois picos gêmeos como locais distintos que provavelmente apresentavam nomes diferentes na Antiguidade e sugere que a colina maior, a ocidental (Tell edh-Dhahab al-Gharbi), corresponda à antiga cidade bíblica de Maanaim, e a oriental (Tell edh-Dhahab esh-Sharqi) corresponda a Penuel. Um comentário aqui que acho pertinente, é que no mapa das doze tribos, Maanaim está colocada no lado oriental, Sucote ao ocidente; então, provavelmente, Penuel estaria logo ao sul do rio Jaboque, entre Maanaim e Sucote, mesmo porque a bíblia diz que Jacó veio de Maanaim para Peniel e depois da luta com o Anjo, ele armou suas tendas em Sucote; daí seguiu para Siquém (é apenas uma sugestão minha ao olhar o mapa tradicional).
Gideão se recusou a ser rei sobre Israel; disse que o Senhor os dominaria, não ele nem seu filho (Jéter, o primogênito). Pediu ao povo as argolas de ouro do despojo dos ismaelitas no peso de mil e setecentos siclos de ouro (1 siclo = 11, 5 g, portanto, dezenove quilos, quinhentos e cinqüenta gramas), além dos ornamentos e vestes dos reis midianitas e dos ornamentos dos camelos. Com o metal, fez uma estola sacerdotal (que normalmente era usada apenas pelo sumo sacerdote) e a pôs na sua cidade, em Ofra. Isso foi mau aos olhos do Senhor, pois para o povo se tornou objeto de idolatria, sendo um laço a Gideão e à sua casa. Ele transformou aquilo num culto pagão. Nos dias de Gideão (1162–1122 AC), a terra ficou em paz por quarenta anos.
Ele tinha setenta filhos, pois possuía muitas mulheres. Sua concubina lhe deu um filho, que foi chamado Abimeleque (“Meu pai é rei”), que mais tarde se tornou também juiz de Israel matando sessenta e oito dos seus irmãos para ficar com o poder. Apenas Jotão (69º) escapou e lançou maldição sobre Abimeleque pelo seu pecado de traição. A maldição se cumpriu e este foi morto por uma pedra na cabeça e pela espada do seu escudeiro ao tentar entrar em Tebes. Tebes (Jz 9: 50) é a Moderna cidade de Tubas, situada a 20,9 km ao norte de Siquém. O nome da cidade, ‘Tubas’, é derivado da palavra Cananita ‘Tuba Syoys’, que significa ‘estrela iluminada’.
Gideão faleceu com idade avançada e foi sepultado em Ofra.
1) Deus ouve o clamor dos aflitos e dos oprimidos: sempre que Seu povo esteve sob jugo e sempre que se arrependeu dos seus pecados e clamou ao Senhor, Ele o atendeu e o livrou das mãos do inimigo. Nesta passagem, Ele agiu enviando o Seu Anjo e lhes dando um libertador. Conosco é a mesma coisa. Quando nos sentimos sozinhos, abandonados e oprimidos, por causa de pecado ou não, podemos ter a certeza de que seremos ouvidos e Ele nos enviará socorro e livramento. Deus não só nos envia socorro como fortalece em nós a coragem. Ele chamou Gideão de homem valente numa situação em que a coragem parecia ser a última qualidade nele. No texto original em hebraico a frase “O Senhor é contigo, homem valente!” pode ser traduzida por: “O Senhor, que é valente, está contigo”.
2) Deus não vê as aparências, mas o interior: a insegurança gerada pelo pecado e pelas circunstâncias à sua volta estava estampada na atitude de Gideão, mas Deus via nele um líder corajoso. Gideão estava com a auto-estima baixa e não conseguia se ver com bons olhos, porém, o Senhor já estava enxergando o que seria realizado por meio dele. Ele mesmo colocaria no coração do Seu escolhido a ousadia necessária para liderar. Quando nos sentimos incapazes de realizar a missão que o Senhor nos coloca nas mãos, Ele nos mostra que nos vê com bons olhos. Ele não leva em conta as nossas fraquezas. Ele vê a força do Seu Espírito agindo em nós e aprimora as qualidades positivas da nossa personalidade para nos trazer vitória.
3) Deus não deixa dúvidas em relação ao Seu chamado nem às Suas revelações: a paz se instala no nosso coração como um sinal de que estamos fazendo a escolha certa. Quando o Anjo falou com Gideão debaixo do carvalho de Ofra, consumiu o holocausto com fogo para dar a ele a certeza do Seu chamado e da revelação que tinha lhe dado. Por isso, Gideão sentiu paz e ergueu um altar ao Senhor, chamando-o: “O Senhor é Paz”. Quando respondemos ao chamado de Deus para nós, sentimos Sua paz em nosso coração e Ele não deixa nenhuma dúvida quanto àquilo que nos revelou. Quando Ele fala, temos a certeza que foi Ele que falou, não o nosso coração.
4) Deus não compactua com a idolatria nem divide Sua glória com outros; Ele não aceita adoração dividida: a primeira providência que o Senhor tomou antes de dirigir Gideão à batalha foi deixar bem claro a ele quem era o Deus a quem ele servia, orientando-o a destruir os falsos altares. Assim, Deus fechava a brecha deixada pelo pecado dos seus antepassados para que ele pudesse sair ileso e fortalecido da luta. Além disso, deixava bem claro aos olhos de todos que Ele, o SENHOR, YHWH, o EU SOU, era o Deus da vitória, não Baal.
5) Nossa fé é aumentada pela vitória que conquistamos num ato de obediência ao Senhor: Gideão obedeceu a Deus e destruiu o altar de Baal, por isso teve sua fé aumentada, assim como sua confiança interior, quando lhe deram o nome de Jerubaal, pois sua atitude lhe trouxe o respeito dos cidadãos de Ofra. Quando obedecemos à voz de Deus e executamos o que Ele nos dá para fazer, nossa fé nEle é aumentada, assim como nossa confiança em nós mesmos, porque ganhamos o respeito e a admiração daqueles que estão à nossa volta ao verem que realizamos algo que eles não tiveram coragem para realizar.
6) Tolerância e misericórdia de Deus para com as nossas fraquezas: tudo o que Deus tinha feito e falado até ali já seria o bastante para que Gideão se posicionasse, mas Ele conhecia sua insegurança e sua necessidade por confirmações, por isso lhe deu mais dois sinais através da prova com a lã. Ele sabia que Gideão precisava de sinais visíveis para poder crer. Embora pedir sinais a Deus não seja pecado, Ele quer que acreditemos nEle e no que Ele coloca no nosso coração através do Seu Espírito para não vivermos a vida inteira sobre “muletas”, mas sobre a verdade da Sua palavra. Quando precisarmos de um consolo ou de um fortalecimento Ele mesmo nos dará até que nós possamos nos sentir seguros para caminhar. O Senhor deu mais um sinal da Sua força e da Sua fidelidade a Gideão antes de invadir o acampamento dos midianitas, através do sonho que foi contado ao soldado adversário e ouvido por Gideão e pelo seu escudeiro.
7) A vitória de Deus independe da força, da confiança e da capacidade humana: ao mandar de volta os vinte e dois mil homens e depois, mais nove mil e setecentos dos dez mil que restaram, deixando apenas trezentos com Gideão, Deus quis mostrar ao Seu povo que continuava o mesmo que tinha livrado seus antepassados do Egito. Ele não dependia da força nem da capacidade humana para agir; eles, sim, é que estavam precisando confiar mais nEle, por isso o Senhor lhes deu uma vitória impossível aos olhos dos homens para lhes mostrar que Ele era o único Deus. Essa geração não se lembrava das vitórias no Mar Vermelho e no deserto, pois não as tinha visto, por isso Ele quis dar a eles uma experiência de milagre para que pudessem restaurar sua aliança com Ele. Conosco é a mesma coisa. Deus não depende da nossa capacidade ou da nossa força para realizar milagres. Ele os faz da maneira mais inusitada para nos mostrar que para Ele tudo é possível.
8) Medo e timidez não ajudam a vencer, pelo contrário podem desestimular os outros: os tímidos e medrosos não estavam preparados para uma batalha e poderiam ser uma pedra de tropeço para o restante do exército, por isso Deus os dispensou. A covardia nos afasta do Seu reino, pois não nos deixa agir pela fé. Além disso, desestimula nossos irmãos de caminhar também.
9) Vigilância e disciplina são qualidades importantes para um guerreiro: Deus testou os homens que estavam com Gideão, colocando-os na fonte. Os descuidados se abaixaram para beber, mas os vigilantes se mantiveram de pé, levando a água à boca com as mãos, mantendo os olhos no que acontecia ao redor e vigiando para ver se o inimigo estava por perto. Deus nos quer vigilantes para que não percamos nossas batalhas. O descanso está reservado para depois da vitória, não para quando estamos prestes a entrar na luta.
10) A sabedoria de Deus é loucura para os homens, Suas estratégias parecem absurdas: ninguém poderia imaginar que trezentos homens com trombetas e cântaros com tochas poderiam desbaratar um exército de milhares de soldados. Mas foi com uma estratégia tão absurda que Deus concedeu vitória ao Seu povo, pois o temor causado por Ele no coração do inimigo fez com que os midianitas e amalequitas matassem uns aos outros. Quando o Senhor nos dirige a um desafio, podemos ter certeza da vitória e seguir com segurança as estratégias que Ele nos dá, por mais absurdas que possam parecer. A sabedoria de Deus, diz a bíblia, é loucura para os homens.
11) Um bom líder não deixa seus liderados humilhados: mesmo dispensando os medrosos da batalha mais difícil, Gideão fez com que se sentissem importantes e participantes da vitória, ao fazê-los perseguir os midianitas quando estavam fugindo, pois puderam se sentir úteis apesar das suas fraquezas anteriores. Por isso, não devemos desprezar os mais fracos, mas incentivá-los a usar o que têm de positivo para se sentirem participantes da vitória. Cada um vai servir a Deus com o que tem, não com o que não tem. A Palavra diz: “Porque, se há boa vontade, será aceita conforme o que o homem tem e não segundo o que ele não tem” (2 Co 8: 12).
12) Existe conseqüência na traição: os cidadãos de Sucote e de Penuel preferiram manter boas relações com os midianitas por medo das retaliações e negaram ajuda aos seus próprios irmãos. Eles acharam que Gideão não tinha chance alguma de vencer e escolheram ficar do lado mais forte. Resolveram ficar do lado do inimigo e isso era traição. O resultado foi a morte, pois Gideão voltou vitorioso e os matou. Da mesma forma, quando traímos a confiança de Deus ou dos nossos irmãos em Cristo poderemos sofrer as conseqüências do nosso pecado de traição e covardia, que é nos sentirmos afastados da comunhão com Seu Espírito.
13) As heranças familiares precisam ser totalmente extirpadas: Gideão, por um ato de humildade, se recusou a governar sobre o povo, dizendo que só Deus poderia governar sobre ele, mas cometeu em seguida um erro grave que foi um laço à sua vida: fez a estola de ouro como um altar de adoração; isso foi um ato de idolatria. Gideão ainda não tinha sido tratado totalmente da idolatria e da insegurança no seu relacionamento com o Senhor; não conseguiu se libertar dos sinais visíveis que pedia, nem dos costumes da falsa adoração ou da mistura de deuses que aprendera com seu pai. Esse costume familiar ainda estava nele. Por isso, para servirmos a Deus de uma maneira sincera e verdadeira devemos procurar extirpar os velhos costumes da nossa natureza, mudando totalmente nossa maneira de pensar e agir. Em Cristo somos novas criaturas.
14) Querer reinar pelas próprias forças, sem a bênção de Deus leva à punição: Abimeleque não tinha sido escolhido por Deus para juiz sobre Israel. Ele matou seus irmãos; não levou em conta os atos positivos de Gideão, seu pai, e ainda foi punido pelo Senhor por ter usurpado um trono que não era seu. O que conseguimos pelas nossas forças, nós podemos perder, mas o que Deus nos dá, nós não perdemos mais, pois é decorrente de Sua bênção.
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“Gideão”
Curso para Ensino Bíblico – nível 1 (PDF)
Biblical Teaching Course – first level (PDF)
Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti
PIX: relacionamentosearaagape@gmail.com