Aprendizados com a história de vida da personagem bíblica Ester (ou Hadassa), uma judia órfã que se tornou a rainha da Pérsia. O Senhor a usou para libertar seu povo das mãos de Hamã, o agagita (amalequita).
Lessons from the life story of the biblical character Esther (or Hadassa), a Jewish orphan who became queen of Persia. God used her to deliver His people from the hands of Haman the Agagite (Amalekite).
Textos de referência: Ester 1–10
Resumo:
Ester (Istar, em persa, ‘tão bela como a lua’, nome relacionado à deusa babilônica do amor e da fertilidade: Ishtar; Stara, em persa, ‘estrela’; Hadassa, em hebraico, murta) casou-se com Assuero (Achashverosh = hebr.: אחשורש, príncipe, chefe, cabeça, leão; equivalente hebraico do persa Khshayarshan = rei leão; Xerxes em grego (Xérxēs, Ξέρξης), belicoso, grande guerreiro, leão; que é uma transliteração grega do seu nome persa depois de sua ascensão, Jshāyār Shah (Xšaya-ṛšā), que significa ‘governante de heróis’). Xerxes I reinou em 486–465 AC e foi sucessor de Dario I (522–486 AC), em cujo reinado se deu a restauração do templo de Jerusalém (520-516 AC). A História fala sobre a esposa de Assuero ou Xerxes, Amestris, identificando-a como Vasti, uma mulher despótica. Wilson, o historiador que identificou Xerxes com Assuero e Vasti com Amestris sugeriu que tanto Amestris como Ester são nomes persas que derivam das palavras Acadianas: Ammi-Ishtar ou Ummi-Ishtar. Hoschander, outro historiador, sugeriu alternativamente como origem dos dois nomes a expressão “Ishtar-udda-sha” (“Ishtar é tua luz”), com a possibilidade de “-udda-sha” estar ligada com a similaridade sonora do nome hebraico Hadassah. Por isso, a bíblia diz que Ester e Hadassa, os dois nomes, estão relacionados à mesma pessoa. Nota: Suméria era uma das designações dadas à metade sul do Iraque, mais ou menos de Bagdá para o sul, em contraste com o norte, que era conhecido como Acade, por isso o termo acima: ‘acadiana’. Outro significado hebraico para Ester é ‘secreta’, ‘escondida’.
Ester subiu ao trono em 479 AC (Et 2: 16).
No terceiro ano do seu reinado, Assuero deu um banquete na cidadela de Susã (Atual sítio arqueológico nas proximidades de Shush, uma cidade da província sudoeste do atual Irã, chamada Khuzistão ou Cuzistão) a todos os seus príncipes e servos.
Também a rainha Vasti deu um banquete às mulheres na casa real. No último dia da celebração o rei solicitou a presença da rainha Vasti, usando a coroa real, para mostrar sua formosura aos povos e aos príncipes, pois era em extremo formosa. Porém, a rainha Vasti recusou-se a vir e o rei se enfureceu muito. Por orientação dos sábios do reino foi, então, promulgado um edito real inscrevendo na lei que Vasti não mais poderia entrar na presença do rei Assuero e que seu lugar seria dado a outra. Vasti talvez tivesse motivos políticos para não aparecer no banquete do rei, ou tivesse previsto uma situação desagradável. De acordo com os historiadores judeus, Vasti deveria aparecer vestindo somente a coroa, sem roupa alguma, e a possibilidade de ser cobiçada por uma massa embriagada, certamente, explica sua relutância, independentemente do que tivesse de vestir.
Depois de algum tempo, o rei se lembrou de Vasti e os jovens que o serviam sugeriram que fossem trazidas virgens de boa aparência e formosura para Susã e a que caísse no agrado do rei reinasse em lugar da que fora deposta. O rei concordou. Na cidadela de Susã havia um homem chamado Mordecai (‘homem pequeno’), da tribo de Benjamim, descendente de Quis, o que o ligava à tribo e à família do rei Saul. Isso explica o conflito entre Mordecai e Hamã, o agagita, amigo do rei Assuero e que era descendente de Agague, rei amalequita que foi poupado por Saul contra as ordens de Deus e depois morto pelo profeta Samuel. Os antepassados de Mordecai tinham sido exilados de Jerusalém para a Babilônia, após a queda de Judá sob domínio de Nabucodonosor. Mordecai nasceu na Babilônia. Em Et 2: 5-6 ocorreu, provavelmente, um erro na tradução e na data ao referir que Mordecai foi feito cativo em 597 AC (com Joaquim, a bíblia fala ‘Jeconias’, rei de Judá). Provavelmente, foi seu bisavô que foi exilado junto com Joaquim, rei de Judá, em 597 AC (2ª etapa do exílio de Israel). A História descreve três etapas de exílio de Judá: 605, 597 e 586 AC. Sua prima Hadassa, conhecida entre os persas como Ester, fora criada por ele como filha, quando morreram seus pais. Ester nasceu na Babilônia (já sob domínio persa).
Foram ajuntadas muitas moças na cidadela de Susã, entre elas Ester, levada à casa do rei sob os cuidados de Hegai, guarda das mulheres. Ester alcançou favor perante Hegai, que se apressou em dar-lhe os ungüentos e os devidos alimentos, como também sete jovens escolhidas da casa do rei para servi-la. A NIV escreve: “A moça o agradou e ele a favoreceu. Ele logo lhe providenciou tratamento de beleza e comida especial. Designou-lhe sete moças escolhidas do palácio do rei e transferiu-a, junto com suas jovens, para o melhor lugar do harém”.
Na Antiguidade, a porta da cidade era o centro das atividades comerciais e jurídicas. Provavelmente Mordecai tinha um cargo a serviço do rei que o obrigava a ficar na porta. Registros antigos mostram que havia um oficial secundário na administração de Assuero com o nome de Mardukaya.
Mordecai proibiu Ester de declarar sua nacionalidade, pois queria preservá-la da hostilidade contra os judeus. Todos os dias, Mordecai passeava diante do átrio da casa do rei e perguntava aos guardas sobre Ester. As mulheres foram tratadas por doze meses para seu embelezamento, seis meses com óleo de mirra e seis meses com especiarias e com os perfumes e ungüentos. Depois, elas poderiam vir ao rei, sendo-lhes permitido levar consigo o que desejassem da casa das mulheres para a casa dele. Em seguida, voltariam para a casa das concubinas e só voltariam à presença do rei se ele assim o desejasse.
Quando chegou a vez de Ester, ela nada pediu; alcançou favor de todos quantos a viram. Foi levada ao rei no sétimo ano do seu reinado, no décimo mês (Dezembro-Janeiro), o mês de Tebete. A bíblia fala que o rei amou Ester mais do que todas as mulheres e foi coroada rainha no lugar de Vasti.
Num daqueles dias, estando Mordecai sentado à porta da casa do rei, dois eunucos, Bigtã e Teres [Et 2: 21; Et 6: 2 (a palavra hebraica traduzida por eunuco pode significar: oficial, homem castrado ou as duas coisas)], guardas da porta do palácio de Assuero, tramaram matar o monarca. Mordecai ficou sabendo, o revelou a Ester que, por sua vez, disse ao rei, em nome de Mordecai. O caso foi investigado, confirmado e os dois foram enforcados.
Depois desses acontecimentos, Assuero engrandeceu a Hamã e o exaltou sobre todos os príncipes do reino, e todos os servos do rei que estavam à porta da sua casa se inclinavam e se prostravam perante ele; Mordecai, porém, não se inclinava nem se prostrava. Hamã se enfureceu com isso e, sabendo que Mordecai era judeu, intentou também contra todo o povo de Deus em todo o reino de Assuero. No 12º ano do seu reinado se lançou o Pur, isto é, sorte, perante Hamã, desde o 1º (Nisã, Março-Abril) até o último mês do ano (Adar, Fevereiro-Março). Dados eram lançados em sorte para determinar a data de acontecimentos importantes do ano no antigo Oriente Médio. Hamã lançou os dados para marcar o dia em que gostaria que os judeus do reino fossem executados. Subornou o rei com uma alta quantia (Dez mil talentos de prata). Assuero não fez caso do suborno e entregou seu anel (sinal de sua autoridade real) a Hamã, e os judeus sob sua jurisdição para fazer deles o que ele bem entendesse. Foi, então, sorteado o dia 13 do mês de Adar para a execução de todos os judeus do reino. O decreto era irrevogável, pois tinha sido selado com o anel do rei.
Mordecai demonstrou profundo desgosto com o decreto, assim como todos os do seu povo. Ester também ficou sabendo e Mordecai pediu a ela que intercedesse junto ao rei pela vida do povo de Deus. Ester teve medo, pois sabia que não poderia aparecer diante do rei sem ser chamada, mas por insistência de Mordecai, apregoou jejum entre os judeus por três dias; passado este tempo, ela iria ter com o rei, a lei permitindo ou não.
Passados os três dias, Ester foi ao rei, que estendeu para ela o cetro de ouro. Ester tocou a ponta do cetro e ele perguntou a ela o que ela queria. Ela, então, convidou o rei e Hamã para um banquete. À noite, durante a festa, o rei perguntou novamente a ela o que ela desejava. Ela o convidou novamente para um segundo jantar. Hamã, com ódio de Mordecai, tinha mandado erguer uma forca de 50 côvados de altura, ou seja, vinte e três metros, sobre o muro (símbolo de exaltação pessoal e demonstração aberta de poder) com o intuito de enforcá-lo nela. Na noite anterior ao segundo banquete, o rei não pôde dormir e mandou trazer o livro onde estavam registrados os feitos memoráveis do reino e nele se achou escrito que Mordecai é quem tinha denunciado a conspiração contra Assuero. O rei estranhou que não tivesse sido dada nenhuma honra a Mordecai por isso. Hamã estava no pátio, pronto para falar-lhe sobre a forca. O rei lhe perguntou o que se deveria fazer a quem o rei desejasse honrar. Hamã, pensando que era dele que se tratava, sugeriu ao rei que colocasse sobre o homem as vestes reais e o montasse no cavalo do soberano, tendo na cabeça a coroa real (Et 6: 8: “tragam-se as vestes reais, que o rei costuma usar, e o cavalo em que o rei costuma andar montado, e tenha na cabeça a coroa real” – ARA). A NVI escreve: “ordena que tragam um manto com o qual o próprio rei se veste e um cavalo no qual o rei tenha montado e em cuja cabeça leve a coroa real”, ou seja, na cabeça do cavalo (A bíblia em inglês, NIV – 3ª impressão, 1993, 2000 – escreve “Have them bring a royal robe the king has worn and a horse the king has ridden, one with a royal crest placed on its head”, ou seja, “que se tragam um manto real que o rei usou e um cavalo que o rei montou, um [cavalo] com um brasão real colocado na cabeça”). Então, o rei mandou chamar Mordecai e lhe fez como Hamã dissera. Assim vestido, foi levado a um passeio pela cidade e apregoado diante dele a honra que lhe fora dada por Assuero.
Hamã, furioso, voltou para sua casa e, mais tarde, compareceu ao segundo banquete de Ester. Assuero lhe perguntou novamente o que ela queria e ela lhe pediu que ele poupasse sua vida e a vida do seu povo. Assim, revelou sua nacionalidade diante de todos e lhe contou sobre o decreto de Hamã. Ele foi preso e enforcado na mesma forca que tinha preparado para Mordecai.
Naquele mesmo dia, o rei deu a Ester a casa de Hamã e seu anel real a Mordecai, colocando-o como o segundo no reino (chanceler); acima dele só era válida a autoridade do rei. O decreto anterior em relação aos judeus não poderia ser revogado, segundo a lei dos persas. Então, o rei deu autorização a Mordecai, que emitiu um segundo decreto em nome do rei no qual ele concedia aos judeus que lutassem pela sua vida, matando seus opressores. A carta foi enviada aos judeus de todas as províncias do reino. No dia 13 do mês de Adar, em que se cumpriria o decreto de Hamã, os judeus lutaram contra seus inimigos e prevaleceram. Foram mortos os dez filhos de Hamã, mas não se tocou no despojo, pois era uma guerra santa. Ester pediu ao rei que pendurassem os cadáveres numa forca. Assim se fez. Isso significava um sinal de vingança da parte do Senhor e que a maldição divina contra os amalequitas havia sido cumprida pelos descendentes de Saul.
No dia 14 descansaram e fizeram festa. Foi dia de alegria. Em Susã os judeus fizeram festa no dia 15. Assim, Mordecai ordenou que os dias 14 e 15 do mês de Adar (Fevereiro-Março) fossem comemorados todos os anos para lembrar o povo da vitória sobre seus inimigos. Chamaram àqueles dias de Purim, por causa do nome Pur (sorte). Mordecai manteve sua autoridade como segundo no reino e trabalhou pelo bem-estar do seu povo.
I) Antes de entrarmos nos aprendizados, é necessário notar que o livro de Ester é o único da bíblia em que o nome de Deus não é mencionado abertamente, talvez para que o manuscrito não fosse destruído, por causa da perseguição aos judeus durante o cativeiro persa. Mas Deus, com certeza, teve uma participação indireta nos acontecimentos, não deixando dúvida sobre a autenticidade da história:
• Afirmação de Mordecai de que o livramento viria de outra parte (Et 4: 14), ou seja, Deus interviria a favor do Seu povo.
• Pedido de Ester de que todos jejuassem (Et 4: 16), o que fazia uma referência à oração ao Senhor a favor dela.
• Recusa dos judeus em saquear o inimigo (Et 9: 10; 16), o que significa que lutaram pelo Senhor, não por si mesmos.
• Escolha de Ester dentre tantas mulheres para se tornar rainha.
• Mordecai, “por acaso”, descobre a conspiração contra o rei.
• Ester desafia a lei e tenta obter acesso à presença de Assuero sem solicitação prévia nem convite.
• Mordecai recebe o cargo de Hamã, com o qual podia invalidar uma lei irrevogável e livrar os judeus.
II) Martinho Lutero questionou a canonicidade do livro de Ester, e outros teólogos, tanto cristãos como judeus, duvidam da sua veracidade, pois alguns detalhes e eventos históricos são incompatíveis com o relato bíblico. No caso de Améstris ser identificada com Vasti, por exemplo, os historiadores argumentam que isso não poderia ocorrer, uma vez que Améstris teve grande participação no reinado de Artaxerxes I, filho de Xerxes, e portanto, não foi banida da corte. Nenhum documento com o nome de Ester, Mordecai ou Hamã foram encontrados nos anais de Assuero (Xerxes I), além do que não foram encontrados fragmentos deste livro em Qumran nem foi ele mencionado por Esdras ou Neemias. Por isso, alguns estudiosos da bíblia cogitam que não se trata de uma narrativa histórica propriamente dita, e sim uma espécie de conto (uma novela histórica) que analisa a situação da comunidade judaica espalhada entre as nações estrangeiras depois do exílio na Babilônia. Seria um gênero de literatura comum durante os períodos persa e helenístico para os quais o livro de Ester foi datado. Alguns sustentam que a narrativa teve a intenção de fornecer uma explicação para a festa de Purim.
O que se sabe da História é que Xerxes I foi assassinado em 465 AC junto com Dario, o príncipe herdeiro, por Artabanus, o comandante da guarda pessoal real. Xerxes foi sucedido por seu terceiro filho com Améstris, e que assumiu o trono como Artaxerxes I.
Minha pergunta é: — Se este livro bíblico não foi achado em Qumran, como foi copiado e transmitido, e por quê? Mesmo com a racionalidade questionadora e contestadora do ser humano e seu pouco entendimento das coisas espirituais na sua totalidade, como, então, Deus permitiria que o livro de Ester fosse incluído no Cânon se não fosse verdadeiro em seu conteúdo? Teólogos não questionam o mesmo em relação ao livro de Jonas e Jó, dizendo que são apenas contos com fundo moral? Contos ou não, Deus deixou registrada a Sua soberana vontade em todos eles. Então, por que duvidar e argumentar tanto? Você já teve a oportunidade de ler algum versículo de Eclesiástico, um livro apócrifo? É só ler e você logo percebe a diferença entre uma poesia bonita e um escrito inspirado pelo Espírito Santo.
Nós buscamos dados históricos para melhorar nosso entendimento da Palavra, mas não para duvidar ou pôr em xeque as verdades ali escritas pelo Espírito de Deus. Isso seria tentar a Deus.
Em meus estudos durante todos os meus anos de caminhada com o Senhor não houve um único livro bíblico cuja autoria não tenha sido questionada ou não tenha o conteúdo permeado com dúvidas por teólogos e ‘especialistas’ e ‘eruditos’. A bíblia continua, sob meu ponto de vista, a autoridade suprema, a verdade de Deus, onde Ele deixou Suas leis e ensinamentos para a humanidade para que possamos saber quem somos, de onde viemos e para onde vamos. Se nós questionarmos tudo o que a bíblia escreve, buscando provas e evidências, onde fica a fé? Esse é mais um dos livros bíblicos, para não dizer o que mais se destaca de todos os escritos, que devem ser entendidos sob o ponto de vista da fé para que possamos conhecer a majestade e a soberania de Deus acima das circunstância humanas. Se tudo na bíblia só for aceito do ponto de vista da arqueologia e da dedução humana, onde fica a nossa fé? Jesus bem disse que só quem aceita o reino de Deus como uma criança pode entrar nele. E o objetivo de toda a bíblia é conhecer a Deus e aos Seus propósitos eternos, oniscientes e onipotentes, de maneira espiritual, não racional; caso contrário, a bíblia seria mais um compêndio histórico, mais um livro para se guardar na estante para se consultar de vez em quando.
A mensagem de Deus aqui é: Não permita que o diabo roube a sua fé, não deixe dúvidas na sua mente nem roube a sua salvação.
1) Preparo para reinar: Ester foi preparada segundo o costume persa com óleo de mirra por seis meses e com outras especiarias e ungüentos por mais seis meses para o seu embelezamento, antes de ser levada ao rei. Mirra simboliza unção de cura e resgate, fortalecimento interior, tempo de preparo, purificação e mudança de vida. Depois, foi completado seu embelezamento com outras especiarias. Isso significa que para podermos ocupar nosso lugar como reis e sacerdotes nós precisamos ser preparados, recebendo a cura de Jesus, o fortalecimento interior e uma transformação real de vida através da mudança da nossa maneira de pensar. Depois da mirra, Ester foi preparada com especiarias e ungüentos, que significam dons que o Espírito Santo derrama sobre nós após termos sido sarados para que, agora, na Sua força, possamos exercer nosso chamado e exercitar Sua autoridade na terra.
2) Nossos bons atos ficam registrados no livro do Rei (Jesus) e a recompensa vem na hora certa: assim como a atitude de Mordecai denunciando a conspiração contra Assuero ficou registrada nos livros do reino e teve, no momento certo, a recompensa por parte do rei, nossas atitudes de fé, perseverança e dedicação ao Senhor são registradas diante dEle e, no momento certo, Ele nos exaltará. Mordecai, assim como José e Daniel, teve uma autoridade somente inferior à do rei (Dn 6: 2; Gn 41: 41-44).
3) Justiça divina e restituição: Hamã foi enforcado na mesma forca que tinha preparado para Mordecai. A restituição de Deus veio sobre Ester. Isso significa que, mesmo que o inimigo tente colocar ciladas no nosso caminho, Deus as desfaz e o enforca com sua própria corda. O Senhor nos traz a restituição e nos devolve o que era nosso. Hamã significa, em hebraico: fortaleza e, em persa (Hamayun), magnificente, régio, ilustre, bem disposto. Há outro significado originado da palavra persa heymun: barulho, tumulto. Ao dar a casa de Hamã a Ester, Deus estava, simbolicamente, devolvendo a ela a fortaleza, a magnificência e o poder, o bem-estar e a disposição, pois não mais se sentiria ameaçada nem pressionada pelo inimigo, mas gozaria do seu status de rainha.
4) Jesus quebra o decreto de Satanás sobre nossas vidas: Mordecai é a figura de Jesus (protetor de Ester) e foi ele que emitiu um novo decreto impedindo o massacre dos judeus. Da mesma forma, Jesus nos toma para Ele e quebra o decreto de morte sobre nossas vidas, nos dando um novo decreto de vida eterna e direito à Sua herança.
5) Maldição se transforma em bênção quando estamos debaixo da vontade do Senhor: a mão de Deus estava sobre Ester, Mordecai e sobre Seu povo, portanto, o dia 13 do mês de Adar, que fora separado para morte dos judeus, se transformou em dia de bênção, alegria e júbilo, pois o Senhor os livrou. Da mesma forma, quando algo parece ser uma maldição nas nossas vidas, Deus o transforma em bênção, pois estamos debaixo da Sua orientação e temos certeza que tudo Lhe pertence e está debaixo do Seu governo.
6) Semelhança entre o que aconteceu antes da criação do homem, entre Deus e Satanás: se observarmos os relatos bíblicos sob a ótica espiritual e sobre o simbolismo dos personagens, podemos notar certa semelhança com o que aconteceu no mundo espiritual antes da criação do homem, quando Satanás se exaltou acima de Deus e foi derrubado. Ao querer o louvor e a honra para si, causou sua própria queda (Ez 28: 11-19; Is 14: 12-15). Is 37: 29 (em referência a Senaqueribe) pode ser uma referência velada a esse tema também. Mordecai é a figura de Jesus e Hamã, a figura do inimigo. Hamã tentou ter para si a glória que era de Mordecai, mas acabou caindo, assim como Satanás (Lúcifer) caiu.
Hamã significa: magnificente, régio, ilustre, bem disposto. É uma forma de dizer que queria para si uma qualidade que pertence a Jesus. Os nomes dos seus filhos são outra maneira de ele dizer que seus frutos, seus sonhos, suas sementes são tão bons quanto os de Deus:
• Dalfom = esforçado. Isso pode ser interpretado como determinação, perseverança, que são qualidades concedidas por Deus e pertencentes a Ele.
• Parsandata = nascimento nobre, o que significa para nós: ser filho do Rei.
• Aspata = cavalo, símbolo de força e poder militar. A bíblia diz que Deus é conhecido também como o Senhor dos Exércitos, o Senhor da guerra.
• Adalia = nobreza, nobre. A bíblia diz que nós somos reis; portanto, nobres.
• Porata = que tem muitos carros e ornamentos, o que fala de riqueza e sinal de poder. O dono do ouro e da prata é Deus (Ag 2: 8), o único que é digno de toda honra, glória e poder (Ap 4: 11; Ap 5: 12).
• Aridata = nascimento nobre. Como dissemos: ser filho do Rei.
• Farmasta = muito grande. Quem pode ser maior do que Deus?
• Arisai = semelhante a um leão. Jesus é o leão de Judá e símbolo de liderança, força e poder.
• Aridai = grande, brilhante. Jesus é a luz. A luz e o brilho pertencem aos reis.
• Vaizata = forte como o vento, ou seja, símbolo de poder e força espiritual. Vento (Ruach) = Espírito, em referência ao Espírito Santo.
Esse vídeo está em compartilhamento com meu Google Drive. Se estiver assistindo pelo celular, abra com o navegador, em modo paisagem e com tela cheia. Ele é parte do curso bíblico (ver link em dourado no alto das páginas).
“Ester”
Curso para Ensino Bíblico – nível 1 (PDF)
Biblical Teaching Course – first level (PDF)
Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti
♥BRADESCO PIX:$ relacionamentosearaagape@gmail.com