Estudo sobre os deuses do Antigo Egito, cidades de sua adoração, sua influência sobre os faraós e sobre as pessoas hoje. Símbolos egípcios: Ankh, Djed, Was (o cetro), olho de Hórus, o cajado e o mangual. O que é o Hamsa? Illuminati e Maçonaria.
Study about the gods of Ancient Egypt, cities of their worship, their influence on the pharaohs and people today. Egyptian symbols: Ankh, Djed, Was (scepter), the eye of Horus, the crook and flail. What is Hamsa? Illuminati and Freemasonry.
Uma coisa que chama muito a atenção nas profecias do livro de Isaías é a repetição das advertências de Deus em relação à idolatria e à Sua ira por causa dela, levando-o a punir nações pagãs poderosas para que Seu povo não se contaminasse com seus ídolos. Em Isaías 19 (que me inspirou a escrever este texto) nós vimos as cidades do Antigo Egito: Zoã (ou Tânis), Aváris (ou Ramessés ou Pi-Ramessés), Mênfis, Om (ou Heliópolis), Bubástis ou Bubaste (em hebraico, Pi-Besete), Tebas (Nô-Amom – Na 3: 8) e outras. Quantos deuses eram adorados ali!
E em Is 44: 6-7 está escrito: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há Deus. Quem há, como eu, feito predições desde que estabeleci o mais antigo povo? Que o declare e o exponha perante mim! Que esse anuncie as coisas futuras, as coisas que hão de vir!” Nos versículos seguintes a versão ARA coloca um título: “A loucura da idolatria”. Assim, apesar da infidelidade do Seu próprio povo ou da idolatria e da arrogância dos gentios, acreditando em seus deuses para livrá-los da ira do Deus de Israel, Ele continuava a dizer que além dEle não há outro Deus. Era a Ele que eles deveriam recorrer.
O mesmo acontece ainda hoje, quando a incredulidade, a rebeldia, o orgulho e a cegueira do ser humano o faz acreditar nas mentiras das trevas, em coisas vãs, e usar amuletos para conseguir segurança e bem-estar. Quem ainda hoje consegue acreditar nisso? Falsos conhecimentos estimulam a fantasia, e a fantasia da mente humana dá brecha para o diabo, distorce a realidade, traz ansiedade, medo e ameaças. Nenhuma doutrina, seita, filosofia, mito ou amuleto podem trazer a salvação, a proteção e a liberdade que o ser humano tanto almeja. Tudo isso já foi conquistado por Jesus através do Seu sacrifício. Seu sangue e o Seu perdão removem todo peso trazido por esse “lixo espiritual” acumulado por tantos milênios. O Egito prefigura o mundo, onde vidas estão debaixo do cativeiro do inimigo, adorando falsos deuses e perdendo seu precioso tempo com algo fútil.
Não precisamos de símbolos nem amuletos. A palavra de Deus é o suficiente para nós; é a única coisa que nos mostra a verdade e nos conduz pelos caminhos retos da Sua justiça.
Como eu disse no comentário sobre Isaías 19: 18, nas cidades onde houve mais idolatria no Egito, seria lá mesmo aonde a graça do evangelho chegaria para a conversão de muitos. Não se sabe ao certo quais eram, mas podemos cogitar que deveria ser as cinco mais importantes do Egito: Heliópolis (Om), onde era adorado o deus-sol Rá ou Atom; Bubástis ou Bubaste, onde era adorada a deusa Bastet; Mênfis, onde eram adorados os deuses Ptá, Sekmet, Sokar, Nefertem e Ápis (o touro de Mênfis); Tebas, onde era adorado o deus Amon; e Tânis (Zoã), que foi capital egípcia da 21ª dinastia, e onde eram adorados os deuses Amon, Rá e Ptah. Mas veremos outros deuses também. Três símbolos aparecem em conjunto na imagem de quase todos os deuses egípcios: o Ankh, o Djed e o Was. Isso está explicado após a descrição dos deuses e deusas:
• Áton ou Aton ou Atum (também Atem ou Tem) – deus primordial e criador do céu e da terra. Uniu-se a Rá, e se transformou num único ser, chamado de Atum-Rá. Era adorado em Heliópolis (Om) e representado como um disco solar, fonte de energia da vida terrena, e suas mãos seguravam a chave do Ankh. Seu nome parece ser derivado do verbo tm, que significa ‘completar’, ‘terminar’. Por isso, ele é tido como ‘o Completo’ e também o finalizador do mundo. O Faraó Amenófis IV ou Amenhotep IV (em egípcio antigo) reinou no período de 1352-1336 AC e foi faraó da XVIII dinastia. A partir do 5º ano do seu reinado, introduziu a adoração centrada em Aton e mudou seu próprio nome para Aquenáton (Akhenaton), que significa ‘agradável a Aton’ para mostrar a sua estreita relação com esta divindade.
• Rá – o deus-sol, adorado em Heliópolis (Om) e Tânis (Zoã). Uniu-se a Aton ou Atum, e se transformou em único ser, Atum-Rá. Sua filha Ma’ete (Maat) personificava a verdade, a justiça, a eqüidade e a ordem cósmica. Rá ou Atom (rei-sol) era chamado também de Amon-Rá, talvez uma confusão com Amon de Tebas, o deus ‘oculto’, o deus guerreiro, substituto de Montu, a quem Amon venceu. Outro deus ligado a Rá era Osíris, que governava o reino dos mortos e cujo filho era Hórus (representado por um gavião) e sua esposa, Ísis.
• Ptá ou Ptah (egípcio: pth; provavelmente vocalizado como Pitah em egípcio) é o deus dos artesãos e arquitetos; está associado às obras em pedra. Na tríade de Mênfis é o marido de Sekmet. Está ligado a Sokar. Os gregos conheciam-no como o deus Hefesto. Nas artes, é representado como um homem mumificado com as mãos segurando um cetro enfeitado com ankh, was e djed (símbolos da vida, força e estabilidade, respectivamente). Também era adorado em Tânis (Zoã).
• Ámon (Amon ou Amun; em grego: ’Άμμων Ámmōn ou ‘Άμμων Hámmōn; em egípcio: Yamānu), adorado em Tebas e Tânis (Zoã). Seu nome significa ‘o oculto’, uma vez que originalmente era a personificação dos ventos. A partir da XVIII dinastia (com o Faraó Tutancâmon – 1336-1327 AC) ele se tornou o deus do Império, passando a ser chamado de Amon-Rá e reverenciado sob aspectos criadores e solares. Derrotou Montu, deus solar considerado como a manifestação destrutiva do calor do sol. O culto a Amon acabou com a destruição de Tebas em 661 AC pelos assírios.
• Montu (Menthu, Montju, Ment, Month, Montu, Monto, Mentu, Mont ou Minu’thi) é um deus da antiga religião egípcia adorado na província de Tebas (nas cidades de Tebas e Hermôntis, atual Armant, 9 km ao sul de Tebas); por isso, conhecido como conhecido como o ‘senhor de Tebas’. Inicialmente foi um deus solar considerado como a manifestação destrutiva do calor do sol e, portanto, associado a Ré ou Rá (Montu-Ré). Foi derrotado por Amon. Era representado como um homem com uma cabeça de falcão, tendo na cabeça duas plumas altas e um disco solar com duplo ureu (uma cobra estilizada colocada na coroa dos faraós), segurando um machado, ou setas e arcos. Na Época Baixa (664–332 AC) foi representado com a cabeça de um boi. Passou a ser associado à vitória e à guerra no tempo da XI dinastia.
• Bastet [Bast, Ubasti, Ba-en-Aset ou Ailuros (palavra grega para ‘gato’] é uma divindade solar, adorada desde a 2ª dinastia; deusa da fertilidade, protetora das mulheres grávidas. Também tinha o poder sobre os eclipses solares. Era representada como uma mulher com cabeça de gato, que tinha na mão um instrumento musical de percussão (o sistro), considerado sagrado. Podia também ser representada como um simples gato. Adorada em Bubástis (ou Bubaste em egípcio, Pr-B’stt), que significa ‘habitação da Deusa Bastet’ ou ‘Casa de Bast’. A palavra ‘sistro’ vem do grego seistron, literalmente: ‘aquilo que é agitado’, derivado do verbo: σείειν seiein, ‘agitar, sacudir’.
• Socáris (em grego clássico: Σωκαρης Sokaris), Socar (Sokar) ou Sequer (Seker) era o deus-falcão da necrópole de Mênfis. Como homem com cabeça de falcão, era geralmente representado como em forma de múmia, coroa cônica com o disco solar, chifres e cobras. Era outro deus construtor (era fabricante dos ossos e de mistura de substâncias aromáticas para os ungüentos importantes no ritual funerário egípcio). Depois se associou às necrópoles da região e passou a ser considerado como deidade da condição pós-morte, do submundo. Está associado com Osíris e a Ptá, do qual tomou sua esposa Sacmis (Sehkmet) para si.
• Sekmet, Sacmis ou Sequemete (Sekhmet) é a deusa da vingança, da guerra e medicina do Antigo Egito, e adorada em Mênfis. A deusa egípcia é representada com a cabeça de uma leoa e tem o calor do sol como o seu principal poder.
• Nefertem ou Nefertum era deus do sol e dos perfumes, cujo símbolo era a flor de lótus. Segundo alguns autores, seu nome significa: ‘Lótus’, ‘aquele que é belo’ ou ‘Aton, o belo’; ou, possivelmente: ‘o belo que fecha’ ou ‘aquele que não fecha’, e é conhecido desde o século XXIV AC. Era adorado em Mênfis e Heliópolis (associado a Aton). A tríade é composta por Ptá, Sekmet e Nefertem, que também se uniu a Hórus, filho do Sol, para formar uma entidade única. É representado por vezes com uma cabeça de leão ou como um jovem sentado sobre uma flor que desabrocha.
• Ápis (Hapi-anku), o touro de Mênfis, personificação da terra e reencarnação de Osíris. Estava associado com o deus Ptah, o deus construtor da referida cidade; simbolizava a força do rei (Faraó).
• A deusa Hator (ou Hathor), deusa das mulheres, dos céus, do amor, da alegria, do vinho, da dança, da fertilidade e da necrópole de Tebas, pois acolhia os mortos e velava os túmulos. Como deusa do céu, ela era a mãe ou consorte do deus do céu Hórus e do deus do sol Rá, ambos os quais eram conectados com a realeza, assim ela era a mãe simbólica de seus representantes terrenos, os faraós. Era representada como uma vaca com o disco solar entre os chifres ou como uma mulher com cabeça ou com orelhas de vaca, ou ainda como uma mulher de pele amarela e que carrega na cabeça um par de chifres de vaca, entre os quais se encontra um disco vermelho rodeado por uma cobra. Ela segura um bastão bifurcado (o Was – cetro) em uma mão e o Ankh na outra.
• Sélquis (em grego: Σέλκις, Sélcis; Serquete (Serket) ou Selquete (Selket) era a deusa adorada desde 3100 AC. No Reino Antigo (2686–2160 AC) ela era guardiã do rei falecido. Ao lado de Neith (Nit), Ísis e Néftis, tornou-se uma das quatro divindades que guardaram os sarcófagos. Sélquis também tinha a função de proteger o faraó reinante. Ela é freqüentemente descrita como uma mulher com um escorpião enfeitando sua coroa. Ela segura o ankh, o símbolo da vida, em uma mão e um cetro ‘Was’ na outra, representando o poder. Também era a deusa da fertilidade, natureza, animais, medicina, magia e cura de picadas e mordidas venenosas. Picadas de escorpião levam à paralisia, por isso, o significado do seu nome: ‘(aquela que) aperta a garganta’, ou ‘(aquela que) faz a garganta respirar’; assim, tinha o poder de curar picadas de escorpião e os efeitos de outros venenos, como a picada de cobra. Não tinha templos para sua adoração.
• Neith, em grego koinē: Νηΐθ, é um empréstimo da forma de escrita Egípcia antiga ‘nt’, provavelmente originalmente ‘nrt’ e significa ‘ela é a mais aterrorizante’, por ser uma deusa guerreira. O nome também é escrito como: Nit, Net ou Neit. Dizia-se que ela era a criadora do universo e tudo o que ele contém, sendo ela que governava seu funcionamento. Ela era a deusa da sabedoria, do cosmos, das mães e do parto, dos rios, da água, da caça, da guerra e do destino, mas também tinha atributos da tecelagem (num sincretismo com a deusa grega Atena pelas classes governantes, como uma deusa que teceu o mundo e trouxe tudo à existência); por isso, era a patrona dos tecedores. A deusa egípcia Neith trazia seus símbolos da deusa da guerra, as flechas cruzadas e o escudo em sua cabeça, o ankh e o cetro (Was). Ela às vezes usa a Coroa Vermelha do Baixo Egito. Neith era adorada em Saís.
• Néftis (em grego: Νέφθυς Nephthys) ou Nebthet (em árabe: Nyftys) é mencionada como esposa de Seti. Seu nome significa: ‘senhora da casa’, entendida como a casa para onde o Sol retorna no fim do seu curso, ou seja, os céus noturnos. Enquanto Seti era o deus da morte, Néftis e sua irmã Ísis são chamadas de ‘Deusa Mãe’ e ‘deusa dos céus’, e ambas são as que distribuem vida plena e felicidade. Néftis era normalmente retratada como uma jovem mulher, usando um toucado em forma de casa e cesto. É também denominada guardiã dos mortos, levando-os à vitória; e uma deusa da natureza, da extremidade do céu, o leste e o oeste ou o norte e o sul (não se sabe qual delas é uma ou outra, Néftis ou Ísis).
• Mut – deusa bastante poderosa, inicialmente apenas uma deusa-falcão da cidade de Tebas (atual Luxor). A partir da XVIII dinastia, Mut passou a ser vista como esposa de Amon. Era representada como uma simples mulher com um vestido vermelho ou azul usando um toucado de abutre e a coroa dupla (‘pschent’, Grego: ψχέντ) do Alto e Baixo Egito (a coroa branca do Alto Egito e a vermelha do Baixo Egito). Essa coroa carregava o emblema de dois animais: a cobra egípcia (ureu, uma cobra estilizada colocada na coroa dos faraós) pronta a atacar, representando a deusa Wadjet do Baixo Egito, e o abutre egípcio, representando a deusa Nekhbet do Alto Egito. Por vezes, essa deusa era também representada com uma cabeça de leoa. Possui uma sala no Templo de Carnaque (ou Karnak – templo dedicado a Amon-Rá). Mut é mãe de Quespisiquis (Consu, Khonsu, Quensu, Khensu; em grego: Chespisichis), o deus-lua adorado em Tebas.
• Tot ou Thot (em grego clássico: Θώθ – Thóth; também conhecido como Djeuti em egípcio: Dhwtj) era o deus egípcio da palavra e da erudição (Mercúrio, para os romanos, e Hermes, para os gregos); do conhecimento, da sabedoria, da escrita, da música, da lua e da magia, geralmente retratado com a cabeça de íbis ou babuíno, animais consagrados a ele. Era chamado pelos gregos de Hermes Trismegisto (‘Hermes Três-Vezes-Grande’). Adorado em Hermópolis Magna. Juntamente com Khonsu (o deus-lua descrito acima), representa a passagem no tempo. Sua esposa era Ma’ete (Maat), filha de Atom-Rá. No século I no Egito surgiu uma doutrina atribuída ao deus Thot, e chamada de Hermetismo. É um ensinamento secreto em que se misturam filosofia e alquimia (uma química buscada através de uma fórmula secreta para transformar metais em ouro). Ela está ligada ao Gnosticismo. Gnosticismo é uma doutrina filosófico-religiosa que surgiu no início da nossa era e se diversificou em muitas seitas, visando a conciliar todas as religiões e a explicar-lhes seu sentido mais profundo por meio da gnose (em grego: ‘conhecimento’). O gnosticismo relaciona-se com a Cabala, com o Neoplatonismo e as religiões orientais. A gnose prega o conhecimento esotérico e perfeito da divindade, e que se transmite por tradição e mediante ritos de iniciação. Neoplatonismo é o conjunto de doutrinas e escolas de inspiração platônica (Platão foi um filósofo grego do século V AC – 429-347 AC) que se desenvolveram do século III ao século VI (232-529). Ele é direcionado para os aspectos espirituais e cosmológicos do pensamento platônico, sintetizando o platonismo com a teologia egípcia e judaica, inclusive influenciando alguns cristãos, como Agostinho de Hipona, e judeus na época medieval, como o rabino Moshe ben Maimon, também conhecido como Maimônides ou Rambam, o erudito judeu mais influente da Idade Média (século XII) que organizou as 613 ordenanças judaicas (Mitzvot).
• Ma’ete (Ma’at ou Maat) personificava a verdade, a justiça, a eqüidade e a ordem cósmica e social. Era esposa de Thot. Ela é representada como uma jovem mulher ostentando uma pena de avestruz na cabeça, sendo a pena a medida que determinava se a alma do morto (que residia em seu coração) alcançaria o paraíso da vida após a morte com sucesso no julgamento de Osíris.
• Banebdjedet (lit. Ba do senhor de Djedet), o deus de Mendes (nome grego para a cidade egípcia de Djedet), era retratado com a cabeça e o velo de um bode. ‘Ba’ significa a personalidade, enquanto ‘ka’ significa a essência vital, ou seja, o que fazia a diferença entre um ser vivo e um morto. Por isso, o nome mais antigo ainda para essa cidade era Per-Banebdjedet (‘O domínio do senhor carneiro de Djedet’), pois ali o deus-carneiro Banebdjedet era adorado. Hoje ela é conhecida como Tell El-Ruba. Djedet era o deus da mitologia egípcia que representava a natureza. Khnum era o deus equivalente no Alto Egito. Khnum (ou Khnemu; em grego: Hnoubis, Χνούβις, ‘o modelador’) era o deus da nascente do Nilo. Da mesma forma que a enchente anual do Nilo trazia lodo e argila, e sua água, vida, Khnum era considerado os criador dos corpos das crianças, que ele fazia com o barro na sua roda de oleiro, e depois colocava no ventre de suas mães. Logo, Banebdjedet passou a ser considerado como o deus que moldava as outras divindades. As imagens de Khnum também incluem a cabeça de crocodilo, denotando seu domínio sobre o Nilo. O símbolo hieroglífico ‘hnm’ que freqüentemente aparece no nome de Khnum é derivado da palavra hnmt, que significa ‘poço’ ou ‘fonte’. Seu nome também pode ser conectado a uma raiz semítica que significa ‘ovelha’. Khnum também é freqüentemente descrito com o termo ‘iw m hapy’, que significa ‘a vinda do Nilo’. Khnum tem vários títulos, como ‘o deus criador’, ‘o deus oleiro’ ou ‘o oleiro divino’, ‘o senhor da vida’, ‘o senhor do campo’, ‘senhor de Esna’ (uma cidade na margem oeste do Nilo, 55 km ao sul de Luxor, ou seja, Tebas), ‘o bom protetor’, ‘o senhor dos crocodilos’ e ‘o senhor das coisas criadas por ele mesmo’.
• Seti ou Seth (Set, Setesh, Sutekh, Setekh ou Suty; em egípcio antigo: sth; em grego clássico: Σήθ: Séth; tem outros nomes: Tem, Temu, Tum e Atem) era o deus egípcio da confusão, da desordem e da perturbação, do caos, da seca e da guerra, o senhor da terra vermelha (deserto), em contraparte com Hórus, o senhor da terra negra (solo). O animal de Seth serve como determinante para conceitos negativos (autoritarismo, fúria, crueldade, crise, tumulto, desastre, sofrimento, doença, tempestade). Mestre de trovões e relâmpagos, ele exercia seu poder nas terras do deserto, áreas áridas e países fora da planície do Nilo. Seu poder desordenado, no entanto, contribuía para o equilíbrio cósmico. Nesse sentido, Seti se opõe a seu irmão Osíris, símbolo de terra fértil e nutritiva. O antagonismo dos dois deuses ilustra a natureza dupla do faraó que une essas duas forças opostas, mas complementares. Sua esposa era Néftis, sua irmã. Seti era adorado em Nacada, a oeste do Nilo. Era o pai de Anúbis.
• Anúbis (em grego antigo: ’Άνουβις) ou Anupo era conhecido pelos gregos como o deus egípcio dos mortos e moribundos, guiava a alma dos mortos no submundo. Estava associado com a mumificação e a vida após a morte. Também era o protetor das pirâmides. Era sempre representado com cabeça de chacal. Na língua egípcia, Anúbis era conhecido como Inpu (também grafado Anup, Anpu e Ienpw). No Império Médio (2055–1650 AC) Osíris passou a ter a função de deus primordial dos mortos, enquanto que Anúbis tinha como função o preparo do corpo e embalsamento dos mortos; era o protetor do processo de mumificação. Ele era adorado em Assiut, a moderna Assiute (em árabe; Zawty, em egípcio primitivo; Səyáwt em egípcio tardio), capital da província egípcia do mesmo nome no vale do rio Nilo, a meio caminho entre o Cairo e Luxor. No Egito greco-romano, chamava-se Licópolis (em grego: ή Λύκων πόλις – transliterado: i lýkon pólis: ‘a cidade dos lobos’, ou πόλη των λύκων transliterado: póli ton lýkon, ‘cidade dos lobos’).
• Osíris (em egípcio: wsjr) era adorado em Busiris e Abidos, no Baixo Egito (próxima ao Delta). Governava o reino dos mortos e estava ligado a Rá. Era ele quem governava o reino dos mortos e os julgava na ‘Sala das Duas Verdades’, onde ocorria a pesagem do coração. Segundo a lenda, Osíris foi assassinado pelo seu irmão Seti e triunfou na pessoa de seu filho Hórus, seu vingador. Osíris também era identificado como deus da vegetação, que fazia a vegetação crescer, relacionado também com a elevação anual do Nilo e o conseqüente renascimento da vida; portanto, era exaltado como o inventor da agricultura e patrono da civilização. Vencendo a morte, Osíris renasce no além, tornando-se o Senhor da vida pós-morte e juiz dos espíritos que lá chegam. Sua esposa era Ísis e seu filho era Hórus (representado por um gavião). Ísis a mesma entidade espiritual chamada ‘Rainha dos Céus’ (Jr 7: 18; Jr 44: 17; 19; 25) ou ‘deusa mãe’ para os egípcios; ‘Maria’, para os Católicos (foi usado o nome da mãe carnal de Jesus para trazer egípcios para o Cristianismo).
• Ísis (em egípcio: Aset) foi uma das principais divindades na religião do Antigo Egito cuja veneração espalhou-se também para o mundo greco-romano. Ela ressuscita seu marido, o rei Osíris, e produz e protege seu herdeiro, Hórus (representado por um gavião). Acreditava-se que era a mãe divina do faraó, que por sua vez estava ligado a Hórus. Seu auxílio materno era invocado em feitiços de cura para beneficiarem o povo comum. Ela era mais proeminente em práticas funerárias e textos mágicos. Ísis era retratada artisticamente como uma mulher usando um hieróglifo no formato de trono em sua cabeça ou, então, de um pássaro (papagaio). Ela assumiu no Império Novo (18ª–20ª dinastia – séc. XVI-XI AC) os traços que originalmente pertenciam a Hator, a deusa mais importante durante o Período Antigo, passando assim a ser retratada usando o toucado de Hator: um disco solar entre os chifres de uma vaca. Esta imagem é parcialmente baseada em imagens de Ísis do túmulo de Nefertari (1290-1254 AC), uma grande rainha egípcia, esposa de Ramessés II faraó do Egito, cujo nome significa ‘a mais bela’, ‘a mais perfeita’ e é muitas vezes seguida pelo epíteto de ‘amada de Mut’. O símbolo de Ísis era o Tyet, que se assemelha a um Ankh, exceto que os seus braços são curvados para baixo. Ankh (pronuncia-se ‘Anak’, a vértebra torácica de um touro, visto em corte transversal) era para os egípcios o símbolo da vida e bem-estar, também como símbolo da vida eterna, a vida após a morte. É muito difícil diferenciar Néftis de sua irmã Ísis: ambas são chamadas de ‘deusa mãe’ e ‘deusa dos céus’. Ísis também era a mesma entidade espiritual chamada ‘Rainha dos Céus’ no livro do profeta Jeremias (Jr 7: 18; Jr 44: 17; 19; 25) em relação a Aserá, deusa dos cananeus. Aserá, esposa de Baal, deusa da fertilidade para os cananeus, deusa do amor e da guerra, era também conhecida pelos cananeus e fenícios como Astarte ou Astarote. Era geralmente feita sua imagem e adorada como ‘Poste-ídolo’, tendo também uma forma de cunha, como a cabeça de uma serpente. Ela assumiu outros nomes em outras nações: Ísis ou Rainha dos Céus (egípcios), Diana (romanos), Ártemis (gregos), Ishtar (assírios e babilônios) e Nina. O termo hebraico para Nínive (nïneweh), em grego, nineue, é uma tradução do assírio ninua, em babilônico antigo ninuwa, que por sua vez é transliteração do nome sumério mais antigo ainda, Nina, nome da deusa Ishtar, a deidade protetora daquela cidade e cujo nome era escrito com um sinal representando um peixe dentro de um ventre. Eostre, deusa germânica da Antiguidade, está relacionada com a primavera; Ostera, nome mais antigo de Eostre era simbolizada por uma mulher que segurava um ovo em sua mão e observava um coelho, representante da fertilidade, pulando alegremente ao redor de seus pés. Eostre e Ostera são a mesma entidade: a Rainha dos Céus. O culto a Ísis, deusa-mãe do Egito, foram absorvidas no Cristianismo, substituindo-se Ísis por Maria (foi usado o nome da mãe carnal de Jesus para trazer egípcios para o Cristianismo).
• Hórus (Heru-sa-Aset, Her’ur, Hrw, Hr, Hor-Hekenu ou Ra-Hoor-Khuit; em grego antigo: Hōros) é o deus dos céus e dos vivos. Hórus era filho de Osíris e de Ísis. Tinha cabeça de falcão e os olhos representavam o Sol e a Lua. Perdeu um olho lutando com Seth, que foi substituído por um amuleto, o olho de Hórus. Como o amuleto não lhe dava plena visão, foi-lhe posta também uma serpente sobre sua cabeça; por isso, os faraós passaram a usá-la na frente das coroas. Na língua egípcia, a palavra para este símbolo era ‘wedjat’, estando ligado à deusa solar Wadjet, e esse símbolo começou com seu olho que tudo vê. O amuleto, então, passou a representar a união do olho humano com a vista do falcão, animal simbólico de Hórus. O olho de Hórus simbolizava proteção, poder real e boa saúde e foi um dos amuletos mais usados no Egito em todas as épocas. Depois da recuperação, Hórus pôde organizar novos combates que o levaram à vitória decisiva sobre Seth. Ele o matou, tanto por vingança pela morte do pai, Osíris, quanto pela disputa do comando do Egito. Era adorado em Hieracômpolis, 80 km ao sul de Luxor (fundada no antigo local da cidade de Tebas). Ali está o templo de Carnaque, dedicado a Amom-Rá, iniciado por Ramessés II, e também o templo de Luxor, iniciado por Amenófis III e terminado pelos muçulmanos. Tebas foi capital do reino durante o Império Novo (1550 AC–1070 AC). Em 661 AC, a cidade foi saqueada pelos assírios. Recolonizada pelos gregos sob Alexandre o Grande, foi novamente destruída pelos romanos em 29 AC. Somente no século VII, com a ocupação árabe, é que a região voltou a ter algum destaque, com a construção da moderna Luxor.
• Mesquenete (Meshkenet, Mesenet, Meskhent e Meshkent) era uma deusa egípcia muito antiga (das primeiras dinastias) associada ao parto. O seu nome significa ‘o lugar onde a pessoa se agacha’, pois as mulheres egípcias davam à luz em posição agachada com os pés posicionados sobre tijolos. Era representada como um tijolo de nascimento (o tijolo onde se dava o nascimento) com cabeça de mulher ou como uma mulher com um útero simbólico em sua cabeça (o útero de uma vaca). Também podia se mostrar com o ureu na testa (ureu ou serpente sagrada é um adorno em forma de serpente colocado na coroa dos faraós). Ela era responsável pela criação do ka (alma) dos seres, assegurava o nascimento da criança (colocava seu sopro de vida neles) e decidia o destino de cada um deles, bem como estava presente no seu julgamento pós-morte, na chamada ‘a sala das duas verdades’, onde o coração era pesado e simbolicamente assistia ao novo nascimento da pessoa, caso a esta lhe fosse atribuída uma existência no paraíso. Mesquenete era adorada em Mênfis e em Heracleópolis Magna; nesta última cidade, ela tomava a forma de Ísis.
• Anúquis (em grego clássico: Anoukis – Ανουκις) ou Anuquete (Anuket; Anaka ou Anqet) significa: ‘abraçar’, ‘apertar’. Era uma deusa inicialmente ligada à água que com o tempo tornar-se-ia uma deusa associada à sexualidade. Os gregos associaram-na à deusa Héstia; os romanos, à deusa Vesta. Era adorada na região da primeira catarata do Nilo, mais especificamente em Elefantina, onde estava a cidade de Assuan (Aswan). Era representada como uma mulher que tinha sobre a cabeça um toucado de junco ou de penas de avestruz. Em alguns casos surge como uma gazela, animal sagrado associado à deusa. Ela também segurava um cetro encimado com um ankh.
• Quensu (Quespisiquis, Consu, Khonsu, Quensu, Khensu; em grego: Chespisichis) era o deus-lua adorado em Tebas. Seu nome significa ‘viajante’, o que pode referir-se a viagens noturnas da lua no céu. Khonsu é retratado como uma criança em forma de múmia com um disco lunar na cabeça, distinguindo-se de Ptah pela presença de um colar e pelo formato de seu pendente em forma de buraco de fechadura, pela barba falsa curvada em vez de quadrada, pela presença do disco da lua em sua cabeça, pela trança lateral da juventude, e pelo cajado e o mangual que ele segura. Khonsu também pode ser descrito como um homem de cabeça de falcão usando o mesmo disco da lua. Sua mãe era Mut.
Tanto alguns deuses como os faraós costumavam carregar dois objetos: o cajado (heka) e o mangual (nekhakha), símbolos que no Antigo Egito eram atributos de Osíris, mas que vieram a se tornar símbolos da autoridade faraônica. Foram achados no túmulo de Tutancâmon. O cajado de pastor (o heka) significa a realeza, representando o governante como um pastor do seu povo. Segundo alguns pesquisadores, o outro objeto, o mangual, simboliza a fertilidade da terra. Toby Wilkinson (Egiptólogo), entretanto, acha que o mangal (usado para incitar o gado) simboliza o poder coercivo do governante, ou seja, como pastor de seu rebanho ele tanto encorajava como restringia seus súditos. Os cajados são feitos de bronze e cobertos com listras alternadas de vidro azul, obsidiana (um tipo de vidro vulcânico) e ouro, enquanto as contas do mangual são feitas de madeira folheadas em ouro. O cajado e o mangual eram segurados pelo faraó sobre o peito, dessa forma representando o governante como um pastor cujo poder e autoridade são temperados com a benevolência.
Três símbolos aparecem em conjunto na imagem de quase todos os deuses egípcios: o Ankh, o Djed e o Was.
Andrew Hunt Gordon (Egiptólogo) e Calvin W. Schwabe (veterinário) acham que os três símbolos têm uma base biológica derivados da cultura de criação de gado do antigo Egito, por isso a comparação com vértebra ou coluna vertebral de touro. Os egípcios achavam que o sêmen tinha origem na coluna vertebral. Assim, o pênis seco de um touro aparecia sempre ao lado do Was (o cetro), representando poder ou domínio, e o Djed (o pilar), representando estabilidade.
• Ankh (pronuncia-se ‘Anak’ em egípcio, e ‘anrr’ nas línguas semitas como hebraico e árabe) era um símbolo hieroglífico egípcio antigo usado na escrita para a palavra ‘vida’, e conseqüentemente, o símbolo da vida propriamente dita e da vida eterna. Representa a vértebra torácica de um touro (visto em corte transversal). Provavelmente surgiu na 5ª dinastia (o Reino Antigo – 2686-2181 AC). Os egípcios a usavam para indicar a vida após a morte. Apesar de sua origem egípcia, ao longo da história o Ankh foi adotado por diversas culturas. Por exemplo, foi mantido mesmo após a cristianização do povo egípcio a partir do século III, quando os cristãos convertidos passaram a ser chamados cópticos. Copta significa ‘egípcio’ e se refere aos egípcios cujos ancestrais abraçaram o Cristianismo já no século I. Por sua semelhança com a cruz dos cristãos, o Ankh manteve-se como um dos principais símbolos cópticos, sendo chamado de Cruz Cóptica ou ‘crux ansata’, onde a parte superior foi adaptada para uma forma circular ao invés da forma oval original do antigo Egito (um sincretismo pagão com a cruz de Cristo). No final do século XIX, o Ankh foi adotado pelos movimentos ocultistas que começaram a se propagar. E no século XX foi adotado por alguns grupos esotéricos e tribos hippies do final da década de 60. É utilizado por bruxos contemporâneos em rituais que envolvem saúde, fertilidade e divinação; ou como um amuleto protetor de quem o carrega. O Ankh também foi incluído na simbologia da Ordem Rosa-Cruz (sétimo e último grau da maçonaria francesa e que tem por símbolos principais o pelicano, a cruz e a rosa), representando a união entre o reino do céu e a terra. Em outras situações, está associado aos vampiros, em mais uma atribuição à longevidade e imortalidade. Ele foi associado pela primeira vez ao vampirismo e ao ocultismo gótico (a subcultura gótica ou ‘dark’). Desse modo, lhe foi atribuído um caráter negativista, associando este símbolo a grupos e seitas satânicas ou de magia negra, bem como as crenças neopagãs (influenciadas pelas crenças pagãs pré-cristãs da Europa) e o kemetismo, que significa o reavivamento contemporâneo da religião do antigo Egito, que surgiu na década de 1970 (fonte: Wikipédia).
• Djed (também ded, dad ou tet) é um símbolo em forma de pilar, comumente interpretado como sendo a representação da coluna vertebral de um touro, ou a da espinha dorsal simbólica de Osíris, e que representa estabilidade. O pilar de Djed foi também utilizado como amuleto para os vivos e os mortos (os corpos mumificados), o que asseguraria a ressurreição do falecido, permitindo-o viver eternamente.
• O Was era um cetro, símbolo da força, do poder e domínio. Seu uso pode ser atribuído ao período pré-dinástico do Egito, como uma vara para conduzir gado e que, por algum motivo, passou a simbolizar um elemento ligado ao poder e força. Tinha a forma de uma haste longa e reta com a cabeça de um animal estilizado no topo, sendo a extremidade inferior bifurcada. Também representa o animal de Seti. Mais tarde, passou a simbolizar o controle sobre as forças do caos que Seti representava. O cetro pode vir acompanhado de outros símbolos, como o Ankh e o Djed. Embora seja um atributo típico de deuses masculinos, algumas vezes era levado por deusas.
• O olho de Hórus ou Udyat (na língua egípcia, ‘wedjat’) estava ligado à deusa solar Wadjet e começou com seu olho que tudo vê. Ele tem relação com Hórus, o deus dos faraós e sua história mitológica ligada a Seti e Osíris. Na luta com Seti, para vingar seu pai Osíris, Hórus perdeu seu olho esquerdo, correspondente à lua (o olho direito correspondia ao sol) e recebeu esse amuleto para substituí-lo. Mas como ele não lhe dava plena visão, foi colocada uma serpente em sua cabeça, como se vê nas coroas dos faraós (o Ureu – em latim: Uraeus; em grego: Oùraios; em língua egípcia jrt). O ureu é símbolo de soberania.
Dessa forma, o amuleto passou a representar a união do olho humano com a vista do falcão, animal simbólico de Hórus. O olho de Hórus simbolizava proteção (era usado para espantar mal olhado), o poder real e boa saúde e foi um dos amuletos mais usados no Egito em todas as épocas. O olho de Hórus é usado pela maçonaria, pelos Illuminati e até visto nas notas de um dólar americano (‘o olho onividente’ ou ‘o olho da providência’, como a representação do olho de Deus observando a humanidade; a onisciência e onipresença da Divindade conforme concebida por cada iniciado). Os espíritas relacionam o ‘olho de Hórus’ à glândula pineal do cérebro que, segundo eles, ligam a alma ao corpo. Eles vêem nele uma semelhança com várias estruturas do cérebro humano num corte transversal. O olho de Hórus continua sendo um amuleto de proteção contra os males para várias religiões e seitas de conteúdo gnóstico, mágico e esotérico. Gnosticismo é uma doutrina filosófico-religiosa que surgiu no início da nossa era e se diversificou em muitas seitas, visando a conciliar todas as religiões e a explicar-lhes seu sentido mais profundo por meio da gnose (em grego, ‘conhecimento’).
• Hamsa – O hamsa ou hamsá (hebraico: חמסה, em forma de mão; ‘hamsa’ significa cinco, relativo aos cinco dedos da mão) é um amuleto contra mau olhado, para afastar as energias negativas e trazer felicidade, sorte e fortuna. Trata-se de um símbolo da fé judaica e islâmica. É muito popular no Oriente Médio, especialmente no Egito. Há uma teoria sobre a conexão entre o hamsa e o ‘Mano Pantea’ (ou ‘Mão-da-Toda-Deusa’), um amuleto conhecido pelos antigos egípcios como os ‘Dois Dedos’, que representavam Ísis e Osíris; o polegar representava seu filho Hórus e era usado para invocar os espíritos protetores dos pais sobre seus filhos. Outro significado deste símbolo está relacionado ao próprio Hórus, deus do céu. Por isso é possível notar na maioria dos hamsas o ‘Olho de Hórus’, significando que os humanos não podiam escapar do olho da consciência. O sol e a lua eram os olhos de Hórus. O hamsa também é muito visto em Cartago (atual Tunísia) e no antigo norte da África e nas colônias fenícias da Península Ibérica (Espanha e Portugal) e pode ser encontrada em forma de jóias, azulejos e chaveiros. O Alcorão veta o uso de amuletos, mas a chamsá ou chamsa (em árabe) é facilmente encontrada entre os muçulmanos, que também a chamam de mão de Deus, mão de Fátima, olho de Fátima ou mão de Hamesh. Fátima (Fātimah: 605–632) era a filha preferida de Maomé (Fātimah bint Muhammad). O amuleto, neste caso de Fátima, representa a feminilidade. A mão também é popular entre os judeus, em especial os sefarditas (da Península Ibérica) e está ligada à Cabala (Doutrina mística e esotérica judaica). Eles foram os primeiros a usar este amuleto devido às suas crenças sobre o mau-olhado. Eles escrevem textos como o Shemá Israel (Dt 6: 4-9; Dt 11: 13-21; Nm 15: 37-41) nos hamsás e também os chamam de mão de Miriam (a irmã de Moisés e Aarão); entre os cristãos do Levante (Síria, Líbano, Israel, Jordânia, Palestina, parte da Turquia), é também conhecida como mão da Virgem Maria, pois eles provavelmente faziam um sincretismo religioso entre o cristianismo e o paganismo da região, uma vez que o uso inicial do hamsa pode ser atribuído a antigos artefatos da Mesopotâmia nos amuletos da deusa Inanna (outra forma de escrever o nome assírio Nina) ou Istar (Ishtar), também chamada de Ísis no Egito, recebendo o nome de Maria posteriormente, para atrair egípcios para o catolicismo romano. Hamesh (חמש – significa ‘cinco’) se refere ao termo hebraico ‘Hamesh Megillot or Chomeish Megillos’ (os cinco rolos da Torá ou Pentateuco).
Illuminati (plural da palavra latina, ‘illuminatus’, ‘iluminados’) é o nome dado aos membros de uma sociedade secreta fundada em 1776 na Baviera pelo alemão Adam Weishaupt (1748-1830), um professor de Direito Canônico e filosofia. Sob seu ponto de vista a ‘iluminação racional’ estava acima da fé, e sendo acessível a qualquer pessoa, levava a uma maior perfeição. Era também conhecida como a ‘Ordem dos Perfeitos’ por visar a promover o perfeccionismo, através de escolas de mistério. Esses conceitos eram baseados no Iluminismo, um movimento intelectual e filosófico que dominou na Europa durante o século XVIII, ‘O Século da Filosofia’ ou ‘Século das Luzes e Ilustração’. A tal sociedade se opunha à superstição (crendices), ao obscurantismo (impedir que fatos ou detalhes de algum assunto se tornem conhecidos, inclusive o conhecimento, literatura e arte), à influência religiosa sobre a vida pública e aos abusos de poder do estado. Ela contava com o apoio de pessoas intelectuais influentes e políticos progressistas. Tanto a sociedade dos Illuminati quanto a maçonaria foram proibidas pelo Príncipe da Baviera Carlos Teodoro (1777-1799) e pela Igreja Católica em 1784, 1785, 1787 e 1790. Muitos acham que o movimento não conseguiu sobreviver até o século XIX, mas ainda hoje os Illuminati existem. No Brasil, sua atuação conquistou seguidores, que assumiram o nome de ‘os Aquisitores’, em referência à prosperidade financeira e a atuação de seus membros na economia do país em algumas regiões como São Bernardo do Campo (região do ABC), no movimento metalúrgico de 1970. Os Illuminati se uniram aos maçons algumas vezes. Da mesma forma que a maçonaria, a seita também possui três graus de iniciação.
Alguns grupos se opuseram à filosofia os Illuminati (com as ‘teorias da conspiração’), atribuindo aos Illuminati o plano secreto para dominar o mundo. ‘Teoria da conspiração’, também chamada de teoria conspiratória ou conspiracionismo, é uma hipótese explicativa ou especulativa que sugere que há duas ou mais pessoas ou até mesmo uma organização que têm tramado para causar ou acobertar, por meio de planejamento secreto e de ação deliberada, uma situação ou evento tipicamente considerado ilegal ou prejudicial (fonte: Wikipédia).
Segundo essas teorias a seita foi criada com o propósito de derrotar os governos e reinos do mundo e erradicar todas as religiões e crenças para governar as nações sob uma Nova Ordem Mundial, baseada em um sistema internacionalista, com uma moeda única e uma religião universal, onde cada pessoa poderia atingir a perfeição. Uma historiadora inglesa chamada Nesta Helen Webster (1876–1960) argumentava que os membros dessa sociedade secreta eram ocultistas, planejando um domínio mundial comunista, utilizando a idéia da cabala judaica. Não só mencionava a tendência comunista como também a prosperidade capitalista dos Illuminati. Ela descreve os seis objetivos de longo prazo dos Illuminati:
• Abolição da monarquia e todos os governos organizados sob o Antigo Regime (a sociedade francesa e o despotismo monárquico antes da Revolução Francesa).
• Abolição da propriedade privada dos meios de produção para os indivíduos e sociedades, com a conseqüente abolição das classes sociais.
• Abolição dos direitos de herança em qualquer caso.
• Destruição do conceito de patriotismo e nacionalismo e sua substituição por um governo mundial e de controle internacional.
• Abolição do conceito da família tradicional e clássica.
• Proibição de qualquer religião (especialmente a destruição da Igreja Católica Romana), estabelecendo um ateísmo oficial.
Mas os propósitos reais desta sociedade eram conhecidos apenas por Weishaupt e seus seguidores mais próximos.
O Grande Selo dos Estados Unidos da América visível na nota de um dólar representa uma pirâmide cujo topo é iluminado pelo Olho da Providência e é considerado como um símbolo dos Illuminati, sendo que o olho simboliza a elite onisciente controlando o povo. No alto do símbolo está escrito ‘Annuit Coeptis’ (‘Ele tem ajudado o que começamos’), e embaixo, a expressão ‘Novus Ordo Seclorum’ (‘Nova Ordem Secular’), indicando que o novo regime é independente da igreja. Na base, está escrito o ano da fundação dos Illuminati, 1776, em algarismos romanos.
Os Illuminati se infiltraram na Maçonaria, cuja primeira loja foi aberta em Londres em 1717; por isso alguns símbolos deles se confundem, como é o caso do olho que tudo vê.
No dicionário de língua portuguesa o significado de maçonaria é: ‘sociedade parcialmente secreta, cujo objetivo principal é desenvolver o princípio da fraternidade e da filantropia; associação para fomentar o humanitarismo e o espírito cosmopolita’. Os lugares das reuniões denominam-se lojas. Seu nome, maçonaria, é derivado do francês ‘maçon’, que significa: pedreiro, construtor. Seu nome, os símbolos e as cerimônias assemelham-se aos antigos grêmios medievais dos pedreiros. A primeira loja foi aberta em Londres em 1717. Dali, a associação se estendeu entre os países anglo-saxões e germânicos. Há três graus corporativos: aprendiz, companheiro e mestre.
Seus símbolos fundamentais foram emprestados da arte da construção e servem de suporte a uma realização psíquica e espiritual. Na verdade, o que eles tentam fazer pelo uso do intelecto, Deus faz conosco através do Seu Espírito. Não somos nós que temos que realizar a nossa santificação, tampouco a nossa salvação. Por isso todas as religiões estão buscando a salvação de maneira errada, ou seja, do jeito que o diabo quer: no esforço próprio para que a glória seja da pessoa (e, logicamente, dele também), e não de Jesus Cristo. A nossa salvação não vem por obras, mas pela fé (Gl 2: 16; Ef 2: 8; Rm 3: 20).
Esses símbolos guardam conhecimentos sutis, bastante ligados a todos os tipos de ocultismo, às religiões orientais como o taoísmo, às doutrinas filosóficas gregas do passado da humanidade (Pitagorismo; Gnosticismo, Neo-Platonismo), ao Hermetismo (doutrina do Egito no século I, atribuída ao deus Thot, chamado pelos gregos de Hermes Trismegisto) e à Cabala judaica.
Os símbolos mais conhecidos são:
1) O malhete (malho) e o cinzel
2) O compasso e o esquadro
3) Piso com quadrados pretos e brancos
4) O nível
5) Fio de prumo
6) A régua
7) O delta luminoso
8) Avental
9) Luvas
10) Escada em caracol
11) Escada de Jacó
12) Espada
13) Espada flamígera (flamejante)
14) O templo
15) A estrela flamejante de cinco pontas ou pentagrama
16) Pedra bruta
17) Pedra cúbica de ponta
18) Trolha (ou colher de pedreiro)
19) O ataúde de Hirão, arquiteto do templo de Salomão.
20) Águia
21) Bode
22) As jóias
Você vai encontrar informações mais detalhadas sobre o assunto, no livro indicado abaixo (‘Na minha Casa, não!’; ‘Not in my house’), sobre a maçonaria na Igreja de Cristo.
Como eu disse no início, o Egito prefigura o mundo, onde vidas estão debaixo do cativeiro do inimigo, adorando falsos deuses e perdendo seu precioso tempo com algo fútil. Não precisamos de símbolos nem amuletos para nos proteger do mal. Não é pela nossa força nem por racionalidade humana desenvolvida por doutrinas esotéricas que alcançamos a perfeição, mas pela entrega incondicional a Jesus Cristo. Seu Espírito é quem nos aperfeiçoa e nos santifica. A palavra de Deus é o suficiente para nós; é a única coisa que nos mostra a verdade e nos conduz pelos caminhos retos da Sua justiça.
• Principal fonte de pesquisa para toda a página: wikipedia.org
O livro do profeta Isaías vol. 1 (PDF)
O livro do profeta Isaías vol. 2
O livro do profeta Isaías vol. 3
The book of prophet Isaiah vol. 1 (PDF)
The book of prophet Isaiah vol. 2
The book of prophet Isaiah vol. 3
Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti
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