Menorá é o candelabro de ouro de sete lâmpadas dado por Deus a Moisés, mencionado em Is 11: 2 (a unção sobre Jesus) e em Ap 1:4; Ap 4:5; Ap 5:6 (os sete espíritos de Deus). No Tabernáculo, significava a presença de Deus, o Espírito Santo.
Menorah is the golden lampstand with seven lamps given by God to Moses, mentioned in Isa. 11: 2 (the anointing on Jesus) and in Rev. 1:4; Rev. 4:5; Rev. 5:6 (the seven spirits of God). In the Tabernacle, it signified the presence of God, the Holy Spirit.
A primeira referência ao candelabro está em Êx 25: 31-40. Aqui Deus estava dando ordens a Moisés para construir o Tabernáculo e lhe ordenou que o fizesse com sete lâmpadas para ser colocado no Lugar Santo do templo, onde os sacerdotes deveriam estar todos os dias. A próxima referência se encontra em Êx 37: 17-24, quando novamente fala sobre o tabernáculo. O candelabro era de ouro puro, diferente da mesa e da arca que eram de madeira de acácia cobertas com ouro; o candelabro foi esculpido em ouro e, como diz a bíblia, era de ouro batido. A palavra hebraica usada para este candelabro de sete lâmpadas é Menorá (מנרה – Strong #4501), um substantivo feminino.
Em Nm 8: 1-4 encontramos mais uma referência ao candelabro, quando Deus está falando com Moisés a respeito de Arão e dos levitas, o que nos faz pensar que as lâmpadas têm relação com o sacerdócio. No NT podemos encontrar uma referência ao candelabro e ao tabernáculo em Hb 9: 1-10. Resumidamente, aqui podemos falar do significado desses símbolos: O Santo Lugar, onde estão a mesa, o candelabro e os pães, significa uma vida entregue a Deus. O candelabro significa a presença do Espírito Santo conosco, a luz de Deus, um estilo de vida que deve fazer parte da vida do cristão. A mesa fala de comunhão e intimidade com Deus e os pães significam comida e provisão; o altar do incenso, embora colocado no Lugar Santo, faz parte do Santo dos Santos, e é um estilo de vida de oração e do brilho do Senhor; a arca é símbolo de aliança com Deus e de Sua presença e glória em nós; o maná é símbolo da comida espiritual que Ele nos dá, e a vara representa a autoridade e a unção que devemos ter no nosso espírito. As tábuas são nosso pacto com Deus e com Seus mandamentos. O Santo Lugar representa nossa alma e o Santo dos Santos, nosso espírito, onde só o sumo sacerdote, Jesus, tem acesso.
Para nós que nascemos do Espírito, tudo isso tem um significado. Em primeiro lugar, vamos até Pv 20: 27 onde está escrito: “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, a qual esquadrinha todo o mais íntimo do corpo”. Isso significa que o nosso espírito iluminado pela presença de Deus é capaz de sondar nosso interior e transformá-lo à imagem do Senhor. Em Is 11: 2 o significado dessas sete luzes torna-se bem claro para nós. Isaías profetiza sobre as qualidades do Messias, como se esperaria de um rei, também chamado ‘ungido de Deus’. Por isso, ele começa falando que o Espírito do Senhor repousará sobre Ele (Jesus), o Messias, trazendo também os dons da sabedoria, do entendimento, de conselho, de fortaleza, de conhecimento e de temor do Senhor. O texto diz: “Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e entendimento, o Espírito de conselho e fortaleza [NVI: poder], o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor”. Neste versículo, a palavra ‘conselho’, em Hebraico, `etsah, significa: conselho; por implicação: plano, prudência, deliberação, consideração, ponderação, conselho, conselheiro, propósito.
Sob a ótica de Deus, é bom pedirmos essas sete porções, os sete Espíritos de Deus sobre nós, porque saberemos nos conduzir corretamente na nossa jornada cristã. Em Ap 1: 4 podemos encontrar uma referência à Menorá (a plenitude das sete características do Espírito Santo): “João, às sete igrejas que se encontram na Ásia, graça e paz a vós outros, da parte daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete Espíritos que se acham diante do seu trono”.
Vamos, agora, explicar o que significam esses sete Espíritos de Deus, com base no texto de Is 11: 2.
1º) O Espírito do Senhor: é o próprio Espírito de Deus em nós, mantendo Sua chama de vida no nosso espírito, fazendo-nos existir e realizar Sua obra na terra. Com o Espírito Santo podemos realizar o que Jesus realizava: pregar boas novas, curar os enfermos da alma e do corpo, libertar os cativos do diabo e levar alegria. Nós o recebemos no momento da nossa conversão; e muito mais depois do batismo no Espírito Santo. Is 61: 1-3 diz: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados, a apregoar o ano aceitável do Senhor [NVI – o ano da bondade do Senhor] e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo Senhor para a sua glória”. O Espírito do Senhor nos faz sentir coragem, assim como a força e o poder de Deus em ação de milagres, libertação e cura.
2º) O Espírito de Sabedoria: a sabedoria é a arte de ser bem sucedido, de formar um plano correto para alcançar os resultados desejados, ter habilidade, prudência, graça; saber aplicar o conhecimento e o entendimento da palavra; está envolvida no ato de interpretar sonhos. No NT, possui a mesma natureza intensamente prática que encontramos na sabedoria do AT. A sabedoria, no seu sentido mais amplo, pertence exclusivamente a Deus e consiste não apenas em conhecimento completo acerca de todos os aspectos da vida, mas também no conhecimento daquilo que Ele tem em mente para ser cumprido. A sabedoria está mais relacionada ao ensino, ao passo que o conhecimento está mais relacionado ao ministério profético. Sua sede é o coração, o centro da decisão moral e intelectual. A sabedoria nos coloca em contato direto com a mente de Deus nos fazendo pensar como Ele pensa.
3º) O Espírito de Entendimento: inteligência, discernimento. É a compreensão que adquirimos após termos o conhecimento (a revelação) da palavra de Deus. Ele nos coloca em contato com a verdade divina contida na Palavra, nos trazendo a segurança sobre o que cremos e nos dando a capacidade de resistir ao mal e a tudo o que tenta impedir Sua vontade para nossa vida, como os falsos ensinos.
4º) O Espírito de Conselho: planejamento e estratégia, solução para um propósito. Estar numa mesa de conselho é estar junto com autoridades que vêm discutir algo importante e planejar soluções e estratégias (Is 40: 13-14; Jr 23: 18). Assim, estarmos reunidos com Deus em oração nos dá o discernimento espiritual para recebermos Suas estratégias para vencermos qualquer situação. Neste versículo, a palavra ‘conselho’, em Hebraico, `etsah (Strong #6098), significa: conselho; por implicação: plano, prudência, deliberação, consideração, ponderação, conselho, conselheiro, propósito. A prudência (Conselho) nos leva a planejar a estratégia correta em cada situação e esperar pelo momento certo de tomar decisões; também nos ensina a maneira como tudo deve ser feito. Através dela adquirimos a certeza de que tudo tem solução.
5º) O Espírito de Fortaleza: dá-nos domínio e convicção da vitória. Onde as nossas forças acabam os recursos de Deus são liberados. A fortaleza (NVI: ‘poder’) nos faz realizar coisas que, no nosso natural, não somos capazes; coisas grandes e ousadas. A fortaleza do Espírito nos envolve como um escudo de proteção e nos firma ‘na Rocha’, como se firma no chão uma árvore com raízes fortes. Ela nos dá determinação, segurança e certeza para prosseguirmos em nossos objetivos.
6º) O Espírito de Conhecimento: é ter a compreensão correta das coisas, a informação revelada da palavra de Deus e saber o que temos à nossa disposição através dela. Está relacionado à revelação e à experiência, aos sonhos e às visões. A palavra ‘conhecimento’ tem a idéia de desvendar alguma coisa oculta para que possa ser vista e conhecida conforme é, ou seja, ela expressa a idéia de revelação. O conhecimento traz luz, clareza, revelação e manifestação do que está em oculto, seja bom ou mau. Ele nos faz conhecer os segredos do coração de Deus e os mistérios do mundo espiritual. Enche-nos com a verdade para que possamos vencer as falsas profecias.
7º) O Espírito de Temor do Senhor: significa reverência, prioridade, respeito, devoção a Deus, reconhecer quem Ele é e não usar Seu nome em vão. O temor do Senhor nos eleva até o trono e nos faz entrar em contato com a santidade do Senhor. Coloca-nos numa posição de afastamento das coisas mundanas para dar reverência e prioridade à pessoa de Deus. Através do temor do Senhor nós conhecemos Seu amor e a força do louvor e da adoração dos anjos ao redor do trono. Diante dEle cai toda a irreverência, idolatria e perturbação da paz.
É interessante notar que na bíblia a palavra medo ou temor vem de várias raízes gregas e hebraicas, como por exemplo: a) Phobos (gr.) = arroubo, medo, terror, pavor, reverência, respeito, ser colocado em medo; alarme ou susto (phobos φόβος – Strong #5401; Mt 14: 26; Mt 28: 4; 8; Mc 4: 41; Hb 2: 15 etc. = 47 vezes no NT; b) Deilia (gr.) = temor, covardia, timidez (deilia δειλία – Strong #1167, como está em 2 Tm 1: 7 – a única vez no NT); c) Eulabeia (gr.) = prudência, reverência, temor de Deus, piedade; Strong #2124, eulabeia, ευλαβειας, como em Hb 12: 28 e Hb 5: 7 = apenas duas vezes no NT). d) Pachad, o equivalente hebraico do grego Phobos (Pachad, Strong #6343; פחד, como em 1 Sm 11: 7; Êx 15: 16; Gn 31: 42; 53; Dt 2: 25; Dt 11: 25, Sl 119: 120, etc. = 49 vezes no AT) = terror, horror, pavor, um alarme (repentino), um grande medo de algo; ajudador ou um companheiro para a vida (se referindo à morte), até que veio Jesus para nos libertar do medo dela (ref.: Hb 2: 15).
Mas aqui em Isaías 11: 2, há mais uma palavra hebraica para ‘medo’ ou ‘temor’: yirah, יראת, Strong #3374, e significa: medo, temor excessivo ou temer excessivamente; um medo terrível; (moralmente): reverência. Ela aparece 45 vezes no AT, geralmente se referindo a Deus ou junto com as expressões: ‘temor do Senhor’, ‘temor de Deus’ ou ‘temor do Todo-Poderoso’ [Gn 20: 11; Êx 20: 20; 2 Sm 23: 3; 2 Cr 19: 9; Ne 5: 9; Ne 5: 15; Jó 4: 6; Jó 6: 14; Jó 15: 4; Jó 22: 4; Jó 28: 28; Sl 2: 11; Sl 5: 7; Sl 19: 9; Sl 34: 11; Sl 90: 11; Sl 111: 10; Sl 119: 38; Pv 1: 7; Pv 1: 29; Pv 2: 5; Pv 8: 13; Pv 9: 10; Pv 10: 27; Pv 14: 26-27; Pv 15: 16; Pv 15: 33; Pv 16: 6; Pv 19: 23; Pv 22: 4; Pv 23: 17; Is 11: 2-3; Is 29: 13; Is 33: 6; Is 63: 17; Jr 32: 40; Ez 30: 13 (o terror do Senhor na terra do Egito); Jn 1: 10; Jn 1: 16]. Apenas 3 vezes, a palavra aparece como referência ao temor de calamidades ou do inimigo (Dt 2: 25; Sl 55: 5; Is 7: 25) e uma vez (Ez 1: 18), se referindo ao seu temor dos aros das rodas dos querubins, mas de qualquer forma, medo do sobrenatural.
O candelabro de ouro com sete lâmpadas (Êx 25: 31-32; Êx 37: 17-18) colocado no Tabernáculo de Moisés e no Templo de Salomão era o símbolo do Espírito Santo, da presença de Deus com o Seu povo. As sete lâmpadas são também chamadas de ‘os sete Espíritos de Deus’ (Ap 1: 4; Ap 4: 5; Ap 5: 6), com o mesmo significado de Zc 4: 10 (‘sete olhos’ – ARA / ‘sete lâmpadas’ – NVI).
Mensagem às sete igrejas do Apocalipse (PDF)
Message to the Seven Churches of Revelation (PDF)
Jamais falte óleo sobre tua cabeça (PDF)
Never be lacking oil on your head (PDF)
Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti
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