Isaías 8: o Senhor confirma a invasão da Síria e de Samaria pelos Assírios, que afligiriam Judá. O sinal que Ele dava (Is 8: 1; 3) era o nome simbólico do outro filho de Isaías (‘Rápido-Despojo-Presa-Segura’; Hebr.: ‘Maher-Shalal-Hash-Baz’).
Isaiah 8: the Lord confirms the invasion of Syria and Samaria by the Assyrians, who would afflict Judah. The sign He gave (Isa. 8: 1; 3) was the symbolic name of another son of Isaiah (‘Quick to the plunder, swift to the spoil’; Heb.: ‘Maher-Shalal-Hash-Baz’).
No capítulo 8 o Senhor confirma a invasão dos Assírios sobre Síria e Samaria. O reino de Judá também seria afligido pelo rei da Assíria, Tiglate-Pileser III. As nações ímpias serão igualmente julgadas por Deus.
A invasão dos Assírios sobre Síria e Samaria – v. 1-4.
• Is 8: 1-4: “Disse-me também o Senhor: Toma uma ardósia grande [NVI: ‘uma placa de bom tamanho’] e escreve nela de maneira inteligível [NVI: ‘legível’]: Rápido-Despojo-Presa-Segura [NVI: ‘Maher-Shalal-Hash-Baz’]. Tomei para isto comigo testemunhas fidedignas, a Urias, sacerdote, e a Zacarias, filho de Jeberequias. Fui ter com a profetisa; ela concebeu e deu à luz um filho. Então, me disse o Senhor: Põe-lhe o nome de Rápido-Despojo-Presa-Segura [NVI: ‘Maher-Shalal-Hash-Baz’]. Porque antes que o menino saiba dizer meu pai ou minha mãe, serão levadas as riquezas de Damasco e os despojos de Samaria, diante do rei da Assíria”.
‘Maher-Shalal-Hash-Baz’ significa: ‘Rápido-Despojo-Presa-Segura’ ou ‘Rápido para o saque, pronto para o despojo’. O Senhor confirma que Síria (Damasco) e Israel (Samaria) cairão pelas mãos do rei da Assíria, Tiglate-Pileser III, em menos de um ano. E o sinal que Ele deu para isso foi o nome do filho recém-nascido do profeta Isaías. O rei assírio conquistou três regiões de Israel entre 734-732 AC: Zebulom, Naftali e Galiléia (2 Rs 15: 29: “Nos dias de Peca, rei de Israel, veio Tiglate-Pileser, rei da Assíria, e tomou a Ijom, a Abel-Bete-Maaca, a Janoa, a Quedes, a Hazor, a Gileade e à Galiléia, a toda a terra de Naftali, e levou os seus habitantes para a Assíria”). Embora a destruição maior tenha sido em Damasco (732 AC), como dissemos no capítulo anterior, deportando seu povo para Quir, na Assíria (2 Rs 16: 9), alguns habitantes de Samaria foram junto com os Damascenos para Gozã e Nínive, acontecendo em maior escala dez anos depois, no governo de Sargom II (2 Rs 17: 6; 2 Rs 18: 11; 1 Cr 5: 26). Tiglate-Pileser III matou Rezim e confirmou o reino a Oséias, que havia matado Peca (2 Rs 15: 29; 2 Rs 17: 1), deixando-o governar em Samaria como seu vassalo. Damasco foi reduzida à posição de cidade subsidiária dentro da província Assíria de Hamate, e daí por diante perdeu sua influência política, ficando apenas com a influência econômica (Ez 27: 18).
Quanto às testemunhas do que Isaías estava escrevendo: Urias, o sacerdote, e Zacarias, filho de Jeberequias, nós só podemos afirmar com certeza que Urias (2 Reis 16: 10; 11; 15-16) era o sacerdote que, a mando de Acaz, havia construído o altar idólatra (2 Rs 16: 10-12) que este tinha visto em Damasco quando foi se encontrar com Tiglate-Pileser III, sendo intimado a pagar-lhe tributo. Isso levou à adoração de divindades sírias dentro do templo de Jerusalém (2 Cr 28: 23). Acaz ajuntou os utensílios do templo e os fez em pedaços, fechando suas portas e (2 Cr 28: 24) fazendo um altar idólatra igual ao que viu em Damasco e colocando na Casa do Senhor ao lado do altar de bronze, e sacrificando no novo altar (2 Rs 16: 10-18: “Porém o altar de bronze, que estava perante o Senhor, tirou ele de diante da casa, de entre o seu altar e a Casa do Senhor e o pôs ao lado do seu altar, do lado norte” – v. 14). Além do que o rei fez altares em todos os lugares de Jerusalém e Judá (2 Cr 28: 24-25; 2 Rs 16: 4). Então, por que Isaías chamaria Urias de uma testemunha fidedigna? Porque, como um cúmplice de Acaz na idolatria, ele não seria propenso a ajudar Isaías ou torcer a verdade a seu favor; assim sendo, ao ver Isaías escrever a profecia antes de acontecer, ele não poderia negá-la após ela ser cumprida. Ele teria que reconhecer que estava presente antes, quando ela foi escrita. Quanto a Zacarias, não se sabe ao certo se era um levita (2 Cr 29: 13) ou se era sogro de Acaz (2 Reis 18: 2; 2 Cr 29: 1).
O reino de Judá também seria afligido pelo rei da Assíria – v. 5-8.
• Is 8: 5-8: “Falou-me ainda o Senhor, dizendo: Em vista de este povo ter desprezado as águas de Siloé, que correm brandamente [NVI: ‘que fluem mansamente’], e se estar derretendo de medo diante de Rezim e do filho de Remalias, eis que o Senhor fará vir sobre eles as águas do Eufrates, fortes e impetuosas, isto é, o rei da Assíria, com toda a sua glória [NVI: ‘com todo o seu poderio’]; águas que encherão o leito dos rios e transbordarão por todas as suas ribanceiras. Penetrarão em Judá, inundando-o, e, passando por ele, chegarão até ao pescoço; as alas estendidas do seu exército cobrirão a largura da tua terra, ó Emanuel”.
Como o rei e o povo não tiveram fé em Deus nem ouviram a voz do profeta, o Senhor permitiu que o exército assírio viesse contra Judá. É como se as águas de Siloé, que corriam devagar pelo aqueduto, pudessem ser comparadas ao governo manso de Deus, aparentemente lento, e que o Seu povo rejeitava. Eles rejeitavam a paz, portanto, Deus traria violência e agitação sobre eles, como as águas do Eufrates corriam com mais velocidade. Se eles não se sentiam em paz nem confiantes em Deus, e se intimidavam com as ameaças da Síria e de Israel, quanto mais em se tratando dos assírios? Mesmo que não tivessem entrado em Jerusalém os assírios vieram e destruíram grande parte das terras de Judá (Is 7: 18-20; 2 Cr 28: 20-21). Em 2 Cr 28: 23, onde está escrito ‘que o feriram’, em hebraico e em inglês a expressão é: ‘que o haviam derrotado’, em relação aos deuses assírios que Acaz pensava que o haviam derrotado, pois sua idolatria tão grande já nem o deixava mais se lembrar de Deus.
‘As alas estendidas do seu exército cobrirão a largura da tua terra, ó Emanuel’ – Emanuel é o nome dado à terra da Judéia, uma vez que Jesus nasceria lá. E isso mostra que as alas do exército inimigo encheria cada lugar daquela terra com sua presença, passando por toda a Casa de Judá como uma torrente transbordante.
Os temíveis julgamentos de Deus para Israel, Judá e as nações ímpias – v. 9-15.
• Is 8: 9-15: “Enfurecei-vos, ó povos [NVI: ‘Continuem a fazer o mal, ó nações’], e sereis despedaçados; dai ouvidos, todos os que sois de países longínquos; cingi-vos e sereis despedaçados, cingi-vos e sereis despedaçados [NVI: ‘Sim, mesmo que se preparem para o combate, vocês serão destruídas’]. Forjai projetos, e eles serão frustrados; dai ordens, e elas não serão cumpridas, porque Deus é conosco. Porque assim o Senhor me disse, tendo forte a mão sobre mim [NVI: ‘falou comigo com veemência’], e me advertiu que não andasse pelo caminho deste povo, dizendo: Não chameis conjuração [NVI: ‘conspiração’] a tudo quanto este povo chama conjuração; não temais o que ele teme, nem tomeis isso por temível. Ao Senhor dos Exércitos, a ele santificai [NVI: ‘O Senhor dos Exércitos é que vocês devem considerar santo’]; seja ele o vosso temor, seja ele o vosso espanto [NVI: ‘a ele é que vocês devem temer, dele é que vocês devem ter pavor’]. Ele vos será santuário; mas será pedra de tropeço e rocha de ofensa às duas casas de Israel [NVI: ‘Para os dois reinos de Israel ele será um santuário, mas também uma pedra de tropeço, uma rocha que faz cair’], laço e armadilha aos moradores de Jerusalém. Muitos dentre eles tropeçarão e cairão, serão quebrantados, enlaçados e presos”.
O Senhor fala que os planos dos ímpios não terão sucesso. Mesmo que eles se preparem para a guerra e façam grandes estratégias, eles serão frustrados, porque Ele está com Seu povo. Era Isaías falando com esses povos distantes, através de uma oração ou de um clamor, talvez, pois Deus havia falado com ele de maneira bem clara para que não andasse no caminho dos ímpios e não temesse o que seu próprio povo temia. Era a Ele que eles deveriam temer, porque Ele era o único Santo, o Santo de Israel. Para os justos, Ele era um santuário, mas para os escarnecedores e idólatras, Ele seria uma pedra de tropeço. Isso servia tanto para Israel como para Judá e Jerusalém (a descendência de Davi no trono). Os que não dessem ouvido cairiam em laços do inimigo.
A profecia é segura e o povo deve segui-la, ao invés de consultar feiticeiros e necromantes – v. 16-22.
• Is 8: 16-22: “Resguarda o testemunho [NVI: ‘Guarde o mandamento com cuidado’], sela a lei no coração dos meus discípulos. Esperarei no Senhor, que esconde o seu rosto da casa de Jacó, e a ele aguardarei. Eis-me aqui, e os filhos que o Senhor me deu, para sinais e para maravilhas em Israel da parte do Senhor dos Exércitos, que habita no monte Sião. Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei e ao testemunho! [NVI: respondam: ‘À lei e aos mandamentos!’] Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva [NVI: ‘vocês jamais verão a luz’]. Passarão pela terra duramente oprimidos e famintos; e será que, quando tiverem fome, enfurecendo-se, amaldiçoarão ao seu rei e ao seu Deus, olhando para cima. Olharão para a terra, e eis aí angústia, escuridão e sombras de ansiedade [NVI: ‘aflição, trevas e temível escuridão’], e serão lançados para densas trevas”.
O profeta diz para os seus discípulos e para as pessoas guardarem o mandamento. Ele já fez sua opção: vai esperar no Senhor e confiar nEle. Seus filhos são o testemunho de que o que o Senhor falou é verdade e vai acontecer. Se as pessoas não derem ouvido e ficarem atrás de adivinhos e feiticeiros e de necromantes, eles sofrerão com a ira do Senhor, sofrerão miséria. Eles devem consultar ao seu Deus, não a idólatras. Não vai adiantar eles olharem para cima e amaldiçoarem a Deus, nem olharem para a terra, pois só verão aflição, trevas e ansiedade. Tudo isso porque não quiseram ouvir a voz do Senhor, chamando-os à santidade e à retidão antes que viesse a calamidade.
• Principal fonte de pesquisa: Douglas, J.D., O novo dicionário da bíblia, 2ª ed. 1995, Ed. Vida Nova.
• Fonte de pesquisa para algumas imagens: wikipedia.org e crystalinks.com
O livro do profeta Isaías vol. 1 (PDF)
O livro do profeta Isaías vol. 2
O livro do profeta Isaías vol. 3
The book of prophet Isaiah vol. 1 (PDF)
The book of prophet Isaiah vol. 2
The book of prophet Isaiah vol. 3
Profeta, o mensageiro de Deus (PDF)
Prophet, the messenger of God (PDF)
Table about the prophets (PDF)
Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti
PIX: relacionamentosearaagape@gmail.com